
“Massive Threads” é o segundo álbum de piano solo de Davis, e
como "Aeriol Piano (2011)", distila seu talento artístico na maneira que soa
austera e exploratória. “Ten Exorcists” inicia com uma repetição com transe
reminiscente de Steve Reich ou Terry Riley, então desliza em diferentes repetições
com sensibilidade, notas preparadas através do piano e continua estas variações
para criar efeito suavemente contagiante. “Desolation and Despair” exibe sua maestria
rítmica de ressonância e sustentação como uma melhor edição de Keith Jarrett. A
única reinterpretação, “Evidence” de Thelonious Monk , não sofre maiores desconstruções
reunindo pausas com poucas ondulações , prolongando o ato de sincopar antes de desdobrar-se em um breve encerramento floreado
de blues de câmara.
A faixa título é o óbvio ponto central, compreendendo mais
de um quarto da duração do disco. Entre outras coisas , demonstra a ampla
variedade de texturas e tons que podem ser derivados do emprego de diferentes
acordes em ritmo similar. O final inicia
com uma série de rígidos e ominosos acordes que crescem em intensidade para um
nível de fúria e ,então , apenas uma
revisão insignificante é feita e se você está esperando um aspecto diferente da
tempestade , enfraquece dramaticamente. “Massive Threads” é preenchido com tal
lógica, ainda que apresente surpresas inesperadas.
Faixas: Ten
Exorcists; Desolution And Despair; Intermission Music; Massive Threads; Dancing
Marlins; Evidence; Leaf-Like; Slow Growing.
Fonte :
Britt Robson (JazzTimes)
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