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domingo, 22 de novembro de 2015

BILLY CHILDS – MAP TO THE TREASURE: REIMAGINING LAURA NYRO

Os momentos recentes da comunidade do jazz, em geral, têm abraçado ícones da composição, que estão do outro lado da cerca. Numerosos artistas  associados ao jazz têm visitado o trabalho icônico de Bob Dylan, explorado a alma sombria de Tom Waits , reformatado os trabalhos poéticos de Leonard Cohen e/ou penetrado no trabalho de Joni Mitchell .  Porém porque Laura Nyro?. A mulher atrás de cada subapreciados  clássicos como  "Stoned Soul Picnic", "And When I Die", "Eli's Comin'" e "Wedding Bell Blues", que têm sido ignorados nos círculos do jazz, mas parece que tudo isto está mudando. O vocalista Mark Winkler colocou a bola para rolar apresentando um tributo finamente elaborado  em  “The Laura Nyro Project (Cafe Pacific Records, 2013)”, porém, aquele álbum, lamentavelmente pareceu voar sob os radares. Agora, o pianista/compositor/arranjador Billy Childs considera tirar seu chapéu para  Nyro com “Map To The Treasure: Reimagining Laura Nyro”. É um projeto que, com forte suporte da gravadora, arranjos brilhantes e uma lista imensa de estrelas, de variada constelação artística , não pode ser ignorado ou negligenciado.

Childs e o produtor Larry Klein juntam no álbum aquilo que é o zeitgeist de Laura Nyro, focando na beleza, fragilidade, espírito, amor e ternura. Embora Child assuma risco de ser eclipsado por renomados convidados — vocalistas Shawn Colvin, Dianne Reeves, Renee Fleming, Rickie Lee Jones e outros,  mais gigantes do instrumental como Wayne Shorter e Yo-Yo Ma—isto nunca acontece. Seus arranjos, alternativamente constroem, sutilmente, com o estilo de Vince Mendoza, sofisticação à la música de câmara, e gestos grandiosos , ajudam a focar o álbum , mantendo-o , efetivamente, dentro da compilação dos números de Nyro e seu  piano, servindo como guia através da música , que é suavemente  impactante, adicionando suporte e colorido quando o instrumental  está no auge.

No papel, alguns das combinações destes artistas parecem curiosas , mas funcionam. Mesmo canções que parecem suspeitas no começo — mais notavelmente o namorico de Jones com  "Been On A Train"— conduzida para inspirar, buscando grandes alturas com doces e firmes toques. Outras performances, como a do suingante Ledisi e um passeio relativamente franco através de  "Stoned Soul Picnic" ,marca o ataque esperado. E, embora, os vocalistas convidados brilhem, um dos mais belos aspectos desta gravação centra-se na  forma como Childs vai além, emparelhando os vocalistas com a canção e adicionando outro suporte , emparelhando instrumentistas aos vocalistas em alguns cenários. O encontro entre Fleming e Yo-Yo Ma é bonito, mas não é surpreendente , e Esperanza Spalding está à vontade com o meditativo saxofone soprano de Wayne Shorter, mas quem poderia  predizer que Jones e o saxofonista Chris Potter partilhariam o espaço? . E quem poderia imaginar que o saxofonista Steve Wilson e a vocalista de blues rock  Susan Tedeschi  soariam tão elevados na tempestiva   "Gibsom Street"? Childs está cheio de surpresas , como a música de Laura Nyro.

Faixas: New York Tendaberry; The Confession; Map To The Treasure; Upstair By A Chinese Lamp; Been On A Train; Stoned Soul Picnic; Gibsom Street; Save The Country; To A Child; And When I Die.

Músicos: Billy Childs: piano, Wurlitzer, celesta; Renee Fleming: vocal (1); Yo-Yo Ma: cello (1); Dean Parks: guitarra; Carol Robbins: harpa; Scott Colley: baixo (1-4); Carlitos del Puerto: baixo (5-10); Brian Blade: bateria (1-4); Vinnie Colaiuta: bateria (5-10); Mark Robertson: violino; Jen Choi Fischer: violino; Luke Maurer: viola; Vanessa Freebairn-Smiith: cello; Jay Bellerose: percussão; Becca Stevens: vocal (2); Lisa Fischer: vocal (3); Alyssa Park: violino; Esperanza Spalding: vocal (4); Wayne Shorter: saxofone soprano (4); Rickie Lee Jones: vocal (5); Chris Potter: saxofone tenor (5); Ledisi: vocal (6); Susan Tedeschi: vocal (7); Steve Wilson: saxofone alto (7); Shawn Colvin: vocal (8); Chris Botti: trompete (8); Dianne Reeves: vocal (9); Alison Kraus: vocal (10); Dan Tyminski: vocal (10).

Gravadora: Sony Masterworks

Estilo: Jazz Moderno

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:



Fonte : DAN BILAWSKY (AllAboutJazz)

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