
Em “Le Vent”, notas e acordes são repetidos e repetidos,
simples e vigorosamente, uma estratégia usada imediatamente com “Juuichi” de Moret, cuja métrica é deliberadamente
ardilosa. As outras nove composições são
de Vallon , e as duas breves peças que concluem o álbum são oportunidades para
um grupo de improvisações. “Juuichi” e “Immobile” são as músicas mais bombásticas
em “Le Vent”, bem como os momentos mais dramáticos e cinemáticos.
Porém a construção de tensão e celebração é a razão de ser
do Colin Vallon Trio, e isto se evidencia em aproximadamente cada faixa: a
atmosférica “Rouge” (com piano preparado), a ominosa “Pixels” (com o baixo
robusto), a obstinada “Altalena” (com deslizantes baquetas), a morosa “Goodbye”,
a pulsante “Le Quai”, a imitadora batida do coração na faixa título. A
estrutura é simples: tons menores, mudanças emocionais de acordes, melodias sem
adorno, solos sem ornamentações (a maioria), rimos do rock, insistentes linhas
do baixo. “Le Vent” é o local onde Jarrett encontra Vangelis. Você não encontrará,
aqui, nenhum suíngue. Em vez disto encontrará épico jazz acústico com ambições
de arena de rock.
Faixas: Juuichi; Immobile; Le Vent; Cendre; Fade; Goodbye;
Le Quai; Pixels; Altalena; Rouge; Styx; Coriolis.
Fonte:
Steve Greenlee (JazzTimes)
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