
Lloyd que, em 1965, tinha deixado sua atuação como diretor
musical de Chico Hamilton e a banda de Cannonball Adderley, uniu-se a Szabó (que
atuava com Hamilton) e formou seu quarteto. Ele gravaria, breve, “ Of Course,
Of Course (Columbia, 1968)” com Tony
Williams substituindo Sims. Gábor Szabó assumiu o papel de líder, Carter
permaneceu com o quinteto de Miles Davis e Sims veio a ser o baterista escolhido para
muitas sessões da Blue Note. O quarteto
de Lloyd forjado dentro da lendária unidade de Keith Jarrett, Cecil McBee, e
Jack DeJohnette, dando-nos os clássicos discos lançados pela Atlantic , “Dream Weaver (1966)”, “The
Flowering (1966)”, “In Europe (1966)” e “Forest Flower (1968)”.
Este quarteto de vida curta, e até agora não ouvido, foi
totalmente encontrado. Lloyd estava confrontando o peso inovador dos saxofones
de John Coltrane e Sonny Rollins e forjando seu próprio caminho. As duas
gravações ao vivo ouvidas aqui são bastante diferentes. O disco um foi gravado
no imaculado ambiente do Judson Hall pelo então estudioso da Columbia (agora líder
da Resonance Records) George Klabin. A
segunda sessão foi feita na tosca e confusa cercania da The East Village no Slugs Saloon.
Cada disco apresenta três faixas, nenhuma menor que 12 minutos.
Isto possibilita aos músicos se espalharem, ainda que cada faixa se mantenha consistente. "Sweet Georgia Bright"
inicia o trabalho em The Judson Hall não com "Sweet Georgia Brown" , mas
com improvisada tomada de "Bright Mississippi" de Thelonious Monk por
parte de Lloyd. A joia aqui, entretanto, é "How Can I Tell You", seu tributo a Billie
Holiday. Lloyd começa com o som do blues de Coltrane para construir um
irresistível e eloquente solo de elegância devastadora.
O trabalho no Slugs Saloon inicia com um blues espontâneo, "Slug's
Blues". É dissonante, prazeroso, suarento, música elaborada. O baixo de Ron Carter estabelece-se como um
pilar para o bombardeio de LaRoca e
arremessos de Lloyd . Ouvidos nos dois
trabalhos está a peça de Szabó, "Lady Gabor". Uma espécie de blues raga. O som magnetizante envolve
as raízes do guitarrista húngaro com sua paixão por música cigana, asiática e
hindú. Lloyd complementa com um completo raio de ação que ele lisonjeia a
partir de sua flauta. A versão de “Slug” vem com aridez e sons da caixa
registadora e das pessoas aglomeradas. Um ajuntamento muito feliz.
Faixas:
CD1: Sweet Georgia Bright; How Can I Tell You; Lady Gabor; CD2: Slugs’ Blues;
Lady Gabor; Dream Weaver.
Músicos: Charles Lloyd: saxofone tenor ,
flauta; Gábor Szabó: guitarra; Ron Carter: baixo; Pete La Roca: bateria.
Gravadora: Resonance Records
Estilo:
Jazz Moderno
Fonte : MARK
CORROTO (AllAboutJazz)
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