
A seção rítmica
mantém um modelo ao longo do trabalho: monótonos acompanhamentos improvisados de
Drummond e Washington; disperso, dissonante e menos toques do blues de Chesky. O
efeito é frio e desligado, dando , mesmo
à pegada hip-hop de “Burnout”, um toque
superficial de desolação e isolamento. As suingantes faixa título e “Duke’s Groove” , só elevam a parada com
manifestas artificialidades sombrias em
suas melodias e um movimento preguiçoso. A repetição carregada dos sopros pouco ajudam: temas dissonantes como “Broadway” acentuam a tristeza da música , mas em “Transcendental
Tripping” as interações aflitas de Pelt e Jackson mascaram uma pegada latina
que , de outra maneira, deveria estimular o
trabalho.
Nada disto seria debilitante se a melancolia do álbum tivesse
qualquer sentido temático aparente. Em vez disto, é mais como um subproduto do esforço
deste jazz encontra a harmonia clássica. Isto é uma lástima,
porque os instrumentistas em “Jazz in the New Harmonic” realizam um trabalho superlativo.
Jackson domina com solos inesperadamente melódicos na faixa título e “Grooves
From the Underground”; Pelt tem um fino e blueseiro solo surdinado em “Burnout” e o próprio Chesky adiciona hábil suspense a “Broadway”. Washington tem pouco
a fazer, mas brilha de qualquer maneira graças ao seu consistente e imenso som.
Eles estão fazendo o seu melhor para se
desenvolver decididamente em um território não amigável.
Faixas
1 Jazz
in the New Harmonic 8:26
2 Broadway
9:34
3 American
Culture X 9:01
4 Duke's
Groove 8:21
5 Grooves
From the Underground 9:56
6 Deconstruction
7:30
7 Burnout
9:15
8 Transcendental
Tripping 7:12
Fonte : Michael
J. West (JazzTimes)
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