O novo álbum do proeminente baixista Marcus Miller, “Afrodeezia
(Blue Note Records)” é inspirado em suas viagens e impressões através da África
Ocidental, América do Sul, Caribe, através das rotas dos escravos e partes dos Estados Unidos. O
multivencedor do Grammy e artista da UNESCO
para a Paz homenageia o povo africano forçado à servidão e a duradoura música
que trouxeram com eles e para o mundo. As onze faixas da gravação apresenta uma
extensiva lista de artistas internacionais e norte-americanos incluindo Alune Wade, Cherif Soumano, Keb’ Mo’, Lalah
Hathaway e Chuck D. (Public Enemy).
“Afrodeezia” inicia com “Hylife” completa e com um vigoroso solo de sax de Alex Han. Seu
instrumento jazzístico e saborosamente melódico é reminiscente de King Sunny Ade, o artista
nigeriano bem conhecido e nominado ao Grammy e pioneiro da world music.
Como porta-voz da UNESCO
para o Projeto Rota dos Escravos (Slave
Route Project), Miller tomou-o como uma jornada musical que evoca prazer, tristeza
e celebração. “B’s River” tem o ritmo pulsante que cativa o espírito. O multi-instrumentista
dedica " We Were There” aos
falecidos maestros George Duke e Joe Sample. Eles buscaram a semelhança com o
balanço do som do samba e foram inspirados pelos ritmos do Brasil. “Preacher’s
Kid” está amorosamente devotado ao seu
pai, William H. Miller, organista e diretor de coro.
Entre muitas faixas de “Afrodeezia” está “Papa Was A Rolling Stone” de Whitfield/Strong com sua inconfundível profunda
linha do baixo funkeada , impulsionada pelo estilo vibrante e escarpado de Miller. A vencedora do Grammy de 1972,
“Papa”, foi um sucesso sólido do Temptations para a Motown.
A força e a beleza do recente disco de Miller são seu foco universal
na capacidade humana conquistar e realizar coisas maravilhosas. De acordo com Miller,
durante o período forçado da escravidão
“…pessoas poderiam só se agarrar à sua música e ritmos. Os ritmos tinham
.…a capacidade de transcender esta situação difícil”. No encerramento da faixa ,
”I Can’t Breathe” , o baixista chama a atenção de quão distante nós
coletivamente temos que ir antes de cada um sentir-se seguro. Chuck D. providencia vocal sério nesta canção
corajosa.
O ambicioso continente de Marcus Miller estendendo-se
sobre “Afrodeezia” seguem as rotas do
comércio de escravos no Atlântico e celebra as lutas históricas e triunfo do
povo africano e seus descendentes através do poder curativo da música. Ele ratifica
como a música e os ritmos são vitais em nossas vidas e para a a comunidade
global.
Faixas:
Hylife, B’s River, Preacher’s Kid; We Were There; Papa Was A Rolling Stone; I
Still Believe I Hear; Son Of Macbeth; Prism; Xtraordinary; Water Dancer; I
Can’t Breathe
Músicos:
Marcus Miller, clarinete baixo, piano, gimbri,
Fender Rhodes; Louis Cato bateria vocal; Lee Hogans trompete; Brett Williams
piano; Alex Han sax alto; Adam Agati
guitarra; Cory Henry, órgão (2); Julia Sarr, Alune Wade, Alvin Chea coro (2);
Lalah Hathaway, vocal (1,2,3); Chuck D. vocal (11); Keb’ Mo' guitarra (5); Wah
Wah Watson guitarra (5); Adama Bilorou Dembele percussão (1,10), Alune Wade
vocal (1,3); Guimba Kouate violão, background
vocal (1,9); Cherif Soumano, background
vocal, kora (1,2,9); Mocean Worker guitarra, baixo (11);Etienne Charles trompete
(2, 7); Robert Glasper Fender Rhodes (4); Aline Cabral, Andrea Dutra,
Christiane Correa Tristao background
vocal (4); Patrick Stewart trompete (5); Cliff Barnes órgão, piano (5,9);
Munyungo Jackson percussão (5); Lamumba Henry percussão (6,9); Marco Lobo
percussão(4) Robert Greenidge steel pans
(6); Alvin Chea voz[baixo] (9); Ambrose Akinmusire trompete (10); Michael
Doucet violino (10); Roddie Romero acordeón (10);
Fonte :
Walter Atkins (AllAboutJazz)
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