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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

MARCUS MILLER – AFRODEEZIA (Blue Note Records)

O novo álbum do proeminente baixista Marcus Miller, “Afrodeezia (Blue Note Records)” é inspirado em suas viagens e impressões através da África Ocidental, América do Sul, Caribe, através das rotas  dos escravos e partes dos Estados Unidos. O multivencedor do Grammy e artista da UNESCO para a Paz homenageia o povo africano forçado à servidão e a duradoura música que trouxeram com eles e para o mundo. As onze faixas da gravação apresenta uma extensiva lista de artistas internacionais e norte-americanos incluindo  Alune Wade, Cherif Soumano, Keb’ Mo’, Lalah Hathaway e Chuck D. (Public Enemy).

“Afrodeezia” inicia com “Hylife” completa e  com um vigoroso solo de sax de Alex Han. Seu instrumento jazzístico e saborosamente melódico é  reminiscente de King Sunny Ade, o artista nigeriano bem conhecido e nominado ao Grammy e pioneiro da world music.

Como porta-voz  da UNESCO para o Projeto Rota dos Escravos (Slave Route Project), Miller tomou-o como uma jornada musical que evoca prazer, tristeza e celebração. “B’s River” tem o ritmo pulsante que cativa o espírito. O multi-instrumentista  dedica " We Were There” aos falecidos maestros George Duke e Joe Sample. Eles buscaram a semelhança com o balanço do som do samba e foram inspirados pelos ritmos do Brasil. “Preacher’s Kid”  está amorosamente devotado ao seu pai, William H. Miller, organista e diretor de coro.

Entre muitas faixas de “Afrodeezia”  está “Papa Was A Rolling Stone”  de  Whitfield/Strong com sua inconfundível profunda linha do baixo funkeada , impulsionada pelo estilo vibrante e escarpado  de Miller. A vencedora do Grammy de 1972, “Papa”, foi um sucesso sólido do  Temptations  para a Motown.

A força e a beleza do recente disco de Miller são seu foco universal na capacidade humana conquistar e realizar coisas maravilhosas. De acordo com Miller, durante o período forçado da escravidão  “…pessoas poderiam só se agarrar à sua música e ritmos. Os ritmos tinham .…a capacidade de transcender esta situação difícil”. No encerramento da faixa , ”I Can’t Breathe” , o baixista chama a atenção de quão distante nós coletivamente temos que ir antes de cada um sentir-se seguro. Chuck D. providencia vocal sério nesta canção corajosa.

O ambicioso continente de Marcus Miller estendendo-se sobre  “Afrodeezia” seguem as rotas do comércio de escravos no Atlântico e celebra as lutas históricas e triunfo do povo africano e seus descendentes através do poder curativo da música. Ele ratifica como a música e os ritmos são vitais em nossas vidas e para a a comunidade global.

Faixas: Hylife, B’s River, Preacher’s Kid; We Were There; Papa Was A Rolling Stone; I Still Believe I Hear; Son Of Macbeth; Prism; Xtraordinary; Water Dancer; I Can’t Breathe

Músicos: Marcus Miller, clarinete baixo, piano, gimbri, Fender Rhodes; Louis Cato bateria vocal; Lee Hogans trompete; Brett Williams piano; Alex Han sax  alto; Adam Agati guitarra; Cory Henry, órgão (2); Julia Sarr, Alune Wade, Alvin Chea coro (2); Lalah Hathaway, vocal (1,2,3); Chuck D. vocal (11); Keb’ Mo' guitarra (5); Wah Wah Watson guitarra (5); Adama Bilorou Dembele percussão (1,10), Alune Wade vocal (1,3); Guimba Kouate violão, background vocal (1,9); Cherif Soumano, background vocal, kora (1,2,9); Mocean Worker guitarra, baixo (11);Etienne Charles trompete (2, 7); Robert Glasper Fender Rhodes (4); Aline Cabral, Andrea Dutra, Christiane Correa Tristao background vocal (4); Patrick Stewart trompete (5); Cliff Barnes órgão, piano (5,9); Munyungo Jackson percussão (5); Lamumba Henry percussão (6,9); Marco Lobo percussão(4) Robert Greenidge steel pans (6); Alvin Chea voz[baixo] (9); Ambrose Akinmusire trompete (10); Michael Doucet violino (10); Roddie Romero acordeón (10);

Fonte : Walter Atkins (AllAboutJazz)



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