Virtualmente todas as gravações do guitarrista Al DiMeola
desde os dias do Return to Forever são
audíveis em um maior ou menor grau, mas suas duas últimas têm sido
verdadeiramente excepcionais. Uma sincera afeição pelos Beatles permeia “All Your Life (In-Akustik, 2013)” e o comparavelmente profundo com deliciosas
texturas do já apropriadamente intitulado “Elysium” estão enraizadas na espontaneidade
que é incomum para um músico tecnicamente competente, já que ele ,às vezes,
luta para tocar com genuína liberalidade.
DiMeola , nestas catorze faixas , em vários momentos, não
está reunido a músicos com a mesma forma de abertura mental. Não há outra
maneira do piano de Mario Parmisano e da percussão de Rhani Krija se entrelaçar tão
tranquilamente quanto a intensidade declina e flui em "Adour" e
embora a multiplicidade de instrumentos acústicos e elétricos do líder seja similar
àqueles dos solos do álbum “Casino (Columbia, 1978)” nada soa forçado ou inventado.
De fato, aquela atmosfera soa e experimenta de forma completamente natural em larga medida por causa do som impecável de
“Elysium”, sua mistura maximizando o espectro estéreo talvez mais em evidência quando os violões são
proeminentes como em "Cascade". Porém, é também verdade que as
habilidades de produção de DiMeola seria zero sem a permanência da empatia
entre ele e outros instrumentistas , incluindo em vários pontos os tecladistas Phillip
Saisse e Barry Miles, e embora os arranjos (mais uma vez do próprio DiMeola)são
densos para serem seguros , a
musicalidade respira como na faixa título .
E como em "Babylon", há um senso de fluidez e ternura que verdadeiramente explode
feericamente quando as linhas eletrificadas se conectam com cada outras após entrelaçar-se com instrumentos acústicos. Tais cores vívidas
são misturadas por DiMeola e seus acompanhantes em faixas como "Sierra"
e "Amanjena" e soam tão exóticas quanto seus nomes e alguns dos seus
instrumentos , ainda que eles sensibilizem profunda e diretamente, evocando
resposta emocional em proporção que resta dúvida para aqueles instrumentistas . Apesar disto, quando o volume cresce e o
ritmo incrementa em "Tangier", não há senso de mão pesada forçando
efeito, mas em vez disto um senso de banda seguindo a música ao estabelecer o
movimento.
A relativa brevidade das faixas, variando de um pouco mais
de um minuto a sete minutos , só adiciona efeito cumulativo. Os
créditos meticulosamente detalhados, incluindo a marca e modelo dos vários
instrumentos de DiMeola indicam uma atenção vaidosa às nuances, mas como “Elysium”
desdobra-se dentro da delicadeza como em
"Purple and Gold" , vem a ser evidente estas sutilezas originadas da paixão de um homem pelas
ferramentas do seu ofício.
Em companhia de linhas similares, a tentação é maior para (completamente)
analisar a imposição técnica de aspectos de “Elysium”, particularmente talvez
por amantes do áudio e estudantes de música, mas o fato é o maior prazer para
tirar da audição desta gravação repousa na simplicidade que se estende da
vibração desta música, especialmente com
sua calmaria na conclusão com o preciso
toque e entusiasmo da marimba em "La Lluvia."
Faixas: Adour; Cascade; Babylon; Purple and Gold; Esmeralda;
Elysium; Amanjena; Sierra; Etcetera in E-major Intro; Etcetera in E-minor;
Tangier; Stephanie; Monsters; Lluvia, La.
Músicos: Al Di Meola: guitarra, bateria, percussão; Mario
Parmisano: teclados; Philippe Saisse: teclados;, Barry Miles: teclados; Péter
Kaszás: bateria; Rhani Krija: percussão.
Gravadora: Inakustik
Estilo: Beyond Jazz
Para conhecer um pouco mais deste trabalho, assistam ao
vídeo abaixo:
Fonte :
DOUG COLLETTE (AllAboutJazz)
Nenhum comentário:
Postar um comentário