
DiMeola , nestas catorze faixas , em vários momentos, não
está reunido a músicos com a mesma forma de abertura mental. Não há outra
maneira do piano de Mario Parmisano e da percussão de Rhani Krija se entrelaçar tão
tranquilamente quanto a intensidade declina e flui em "Adour" e
embora a multiplicidade de instrumentos acústicos e elétricos do líder seja similar
àqueles dos solos do álbum “Casino (Columbia, 1978)” nada soa forçado ou inventado.
De fato, aquela atmosfera soa e experimenta de forma completamente natural em larga medida por causa do som impecável de
“Elysium”, sua mistura maximizando o espectro estéreo talvez mais em evidência quando os violões são
proeminentes como em "Cascade". Porém, é também verdade que as
habilidades de produção de DiMeola seria zero sem a permanência da empatia
entre ele e outros instrumentistas , incluindo em vários pontos os tecladistas Phillip
Saisse e Barry Miles, e embora os arranjos (mais uma vez do próprio DiMeola)são
densos para serem seguros , a
musicalidade respira como na faixa título .
E como em "Babylon", há um senso de fluidez e ternura que verdadeiramente explode
feericamente quando as linhas eletrificadas se conectam com cada outras após entrelaçar-se com instrumentos acústicos. Tais cores vívidas
são misturadas por DiMeola e seus acompanhantes em faixas como "Sierra"
e "Amanjena" e soam tão exóticas quanto seus nomes e alguns dos seus
instrumentos , ainda que eles sensibilizem profunda e diretamente, evocando
resposta emocional em proporção que resta dúvida para aqueles instrumentistas . Apesar disto, quando o volume cresce e o
ritmo incrementa em "Tangier", não há senso de mão pesada forçando
efeito, mas em vez disto um senso de banda seguindo a música ao estabelecer o
movimento.
A relativa brevidade das faixas, variando de um pouco mais
de um minuto a sete minutos , só adiciona efeito cumulativo. Os
créditos meticulosamente detalhados, incluindo a marca e modelo dos vários
instrumentos de DiMeola indicam uma atenção vaidosa às nuances, mas como “Elysium”
desdobra-se dentro da delicadeza como em
"Purple and Gold" , vem a ser evidente estas sutilezas originadas da paixão de um homem pelas
ferramentas do seu ofício.
Em companhia de linhas similares, a tentação é maior para (completamente)
analisar a imposição técnica de aspectos de “Elysium”, particularmente talvez
por amantes do áudio e estudantes de música, mas o fato é o maior prazer para
tirar da audição desta gravação repousa na simplicidade que se estende da
vibração desta música, especialmente com
sua calmaria na conclusão com o preciso
toque e entusiasmo da marimba em "La Lluvia."
Faixas: Adour; Cascade; Babylon; Purple and Gold; Esmeralda;
Elysium; Amanjena; Sierra; Etcetera in E-major Intro; Etcetera in E-minor;
Tangier; Stephanie; Monsters; Lluvia, La.
Músicos: Al Di Meola: guitarra, bateria, percussão; Mario
Parmisano: teclados; Philippe Saisse: teclados;, Barry Miles: teclados; Péter
Kaszás: bateria; Rhani Krija: percussão.
Gravadora: Inakustik
Estilo: Beyond Jazz
Para conhecer um pouco mais deste trabalho, assistam ao
vídeo abaixo:
Fonte :
DOUG COLLETTE (AllAboutJazz)
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