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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

GEORGE VAN EPS – ONCE IN A WHILE (Jump/Delmark)

A história de George Van Eps é a de um artista a poucos passos da fama, que nunca recebeu o que merecia. Um talentoso guitarrista, ele tocou com a Orquestra de Benny Goodman , quando a banda  pousou no show de rádio , Let’s Dance. Porém, antes eles excursionaram, e para maior reconhecimento, Van Eps optou por um trabalho mais bem remunerado com Ray Noble, que não fez grande sucesso. Um devoto do violão até os anos 50, Van Eps tocou em numerosos trabalhos no pós-guerra em Los Angeles , mas quase frequentemente relegado a dedilhar o ritmo atrás de Barney Kessel e Dave Barbour. Ainda que legiões de jovens guitarristas afluíssem para assistí-lo até a sua morte em 1998,  ele hoje é mais conhecido como um inovador da tradição da guitarra de sete cordas do jazz.

A canção “Once in a While” inicia esta coletânea de performances de seis cordas dos anos  40, dispondo os atributos positivos de Van Eps em compactos dois minutos e meio. Acompanhado pelo baixista Phil Stevens e pelo baterista Nick Fatool,  a destreza do guitarrista com os acordes e  linhas da melodia que serpenteiam é irresistível. “Kay’s Fantasy” e “Tea for Two” são, também, merecedoras de um estudo mais denso, porém a maior parte deste disco apresenta  Van Eps tocando o terceiro movimento do trio formado com o pianista Stanley Wrightsman e o saxofonista tenor Eddie Miller, cujo vibrato lânguido pode soar excessivo. Todas as performances soam finas, mas as 25 faixas, gravadas entre 1946 e 1949, não fluem em uma ordem sensata. Ademais, três versões para cada peça de standards de tempo médio como “It’s Easy to Remember” e “Stars Fell on Alabama” fazem “Once in Awhile” mais um ítem para  os colecionadores de Van Eps.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:



Fonte : Mike Shanley (JazzTimes)

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