playlist Music

segunda-feira, 14 de março de 2016

JOYCE MORENO & KENNY WERNER – POESIA (Pirouet)

Aproximadamente com meio século de uma das mais respeitadas carreiras do jazz brasileiro, a cantora  e compositora Joyce Moreno permanece singularmente magnificente aos 68 anos. Sua voz tem evoluído de forma mais profunda e rica, que brilha tão radiante quanto antes. Largamente conhecida simplesmente como Joyce, ela já lançou mais de três dúzias de álbuns desde 1968, mas raramente canta em inglês, e raramente atua como músicos norte-americanos. Isto faz  a união destas treze faixas com o pianista Kenny Werner algo muito especial.

“Poesia” é o significado em português para “poetry” e Moreno explora uma miscelânea internacional de mestres do lirismo, estendendo-se de legendas do seu país como Antônio Carlos Jobim, Edu Lobo e Dori Caymmi a Noel Coward, Bruno Martino da Itália, Abbey Lincoln e o duo da Broadway Betty Comden e Adolph Green. Embora Moreno tenha escrito mais de 300 canções, ela inclui só duas de suas composições, atuando com Werner para burilar a suave abertura, “Second Love Song” e revisitando a beatificada “Novelo”.

Moreno passou décadas interpretando os grandes nomes da música brasileira, assim suas impressionantes interpretações de  “É O Amor Outra Vez” de Caymmi, “Choro Bandido” de Lobo e “Olha Maria” de Jobim não surpreendem. Plenas como sublimes são suas  intuitivas leituras da apaixonada “Estate” de Martino, da reservada “Mad About the Boy” de Coward, da filosófica  “Throw It Away” de Lincoln, da melancólica “Some Other Time” de Comden e Green e, para encerrar, uma inspiradora “The Water Is Wide”. Igual crédito deve, entretanto, ser concedido a Werner, cujo acompanhamento é tão inteligente quanto deslumbrante.

Faixas: Second Love Song; E O Amor Outra Vez; Olha Maria; Estate; Mad About The Boy; Velho Piano; Throw It Away; Pra Dizer Adeus; Smile; Choro Bandido; Some Other Time; Novelo; The Water Is Wide.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: Christopher Loudon (JazzTimes)


Nenhum comentário: