
Comparado aos seus compatriotas acima, ele tem o som menos
claramente diferenciado e é um improvisador mais circunspecto. Porém suas
virtudes são sedutoras. Elas incluem equilíbrio, bom gosto, um fluir elegante
que soa natural e uma habilidade para apenas tocar uma melodia e envolver-se em
um novo brilho precioso. Ás vezes estas melodias são de sua autoria como “South
Michigan Avenue”, que paira lenta e dramática. Frequentemente elas são velhos standards ou canções que margeiam a
cultura pop, como “Poses” de Rufus Wainwright. Com improvisação minimalística,
Filippini transforma a pequena canção introvertida e retorcida de Wainwright em
algo amplo e suntuoso. “As Time Goes By” parece uma escolha improvável. Porém, Filippini
parte ,relutantemente, uma frase por vez, que cada hesitação é tencionada com
suspense emocional. As resoluções chegam como revelações.
Palle Danielsson e Olavi Louhivuori mergulha profundamente
dentro da atmosfera intimista do álbum. As contralinhas de Danielsson são
alternativas concorrentes da poesia. Como um baixista solo ele pode congelá-lo
em sua cadeira com pizzicato (“Night Flower” de Louhivuori) ou arco (“The
Sleepwalker” de Filippini). Luohivuori, um dos mais empolgantes bateristas
jovens no jazz, usualmente trabalha em mais estrondosos e angulosos projetos. Ele
está sensível e sutil aqui, colocando acento com suas escovinhas em perfeitos
locais inesperados.
“A Time for Love” de Johnny Mandel é arrebatadora. Filippini
deixa a melodia repicar várias vezes, liberando-a de onde estava residindo, há
um bom tempo, no coração. Você mantém em mente a escolha sobre a sua faixa
favorita em “Breathing in Unison”.
Faixas
1 Modern Times
#evolutions... 1:49
2 As Time Goes
By 5:20
3 Poses 4:57
4 The
Sleepwalker 5:22
5 Breathing In
Unison... 5:15
6 Night Flower
5:59
7 South
Michigan... 6:50
8 A Time For
Love 3:34
9 Secret Love
5:20
10 At The Dark
End... 4:19
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Thomas Conrad (JazzTimes)
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