
O título é adequado para o álbum, “High Risk” é a mais
audaciosa incursão de Douglas à música orientada pela eletrônica. Seu sexteto
Keystone tinha DJ Olive, mas sua inegável inclinação pela eletrônica foi incrementada
pela presença do saxofonista Marcus Strickland, ao lado da linha de frente de
Douglas, e pelo baterista Gene Lake, que toca free e straight-ahead, mas
com a sensibilidade jazzística. “High Risk” apresenta a propulsão impregnada
pelo rock de Mark Guiliana na bateria acústica e elétrica, e Jonathan Maron, o
baixista elétrico e sintetizado de Groove
Collective, ao lado do Detroit DJ
Shigeto em “eletrônica” e Douglas é o único instrumentista de sopro.
Figurativa e literalmente, Douglas tem explosividade. Seus
três companheiros de banda agitam em sete composições inéditas com batidas
dissonantes e adornos texturais inovativos com encrespação e rajadas, um modelo
sônico que lhe possibilita a escolha entre lutar ou aumentar o volume, e as
estratégias geram vitrines ideais para sua frequentemente subapreciada
proficiência no instrumento. Algumas canções são mais pontilhísticas
(“Household Item”, “Tied Together”), embora outras criem um fluxo (“Etiquette”,
“Cardinals”) ou extenso arco (“High Risk”). Porém o constante e palpável sentimento
de auto descoberta. Músicos de diferentes gêneros misturando e soldando uma
união com vigor industrial que permitiram 41 minutos da mais transcendente
música em uma simples sessão.
Faixas:
Molten Sunset; House hold Item; Etiquette; First Things First; High Risk; Tied
Together; Cardinals.
Músicos: Dave Douglas: trompete; Mark Guiliana: bateria
acústica e elétrica; Jonathan Maron: baixo elétrico, baixo sintetizador;
Shigeto: eletrônica.
Fonte :
Britt Robson (JazzTimes)
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