“Some Places Are Forever Afternoon” prova que a organização
do álbum—um programa construído em torno da música — está ainda ativa e bem. Ele
contém 11 composições de Wayne Horvitz diretamente inspiradas pelo trabalho do
poeta do noroeste norte-americano, Richard Hugo (A 12ª é uma homenagem direta
do compositor). Cada faixa é nominada por uma linha de um específico poema de Hugo
e aqueles trabalhos são impressos
completos em um folheto com 28 páginas ,
incluindo fotografias que capturam a pequena cidade America em toda sua glória, passado e presente.
O programa, por seu turno, providencia maior apreciação para
a música contida nele. Horvitz assumiu outro projeto ambicioso e criou algo
fascinante. Embora um punhado de compositores tenha em tempos recentes,
injetado no jazz elementos da música tradicional norte-americana, popular e rock,
Horvitz tem criado uma canção de época que condensa a beleza de vastos planos descritos
nas palavras de Hugo e na inerente solidão que frequentemente vem com aquelas
paisagens. Junto com o teclado do compositor e recursos eletrônicos, o som vem
de uma mistura de cornet (Ron Miles), oboé (Sara Schoenbeck), cello (Peggy
Lee), guitarra (Tim Young), baixo (Keith Lowe) e bateria (Eric Eagle). Às vezes
à musica parece vir direto de um funeral, só para comodidade interna do piano
acompanhado por belas linhas descendentes dos instrumentos de sopro.
Faixas: Money Or A Story; Those Who Remain Are The Worst;
You Drink Until You Are Mayor; Nothing Dies As Slowly As A Scene; All Weather
Is Yours No Matter How Vulgar?; The Beautiful Wives; For Jim And Lois Welch; In
Some Other Home; The Car That Brought You Here Still Runs; Last Place There;
You Must Have Stayed Hours; Some Places Are Forever Afternoon.
Fonte : Mike Shanley (JazzTimes)
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