O saxofonista
e compositor Marcus Strickland toma o título do seu último álbum da expressão
latina nihil novi sub sole, que pode
ser traduzida como “nada novo sob o sol”. O álbum é seu manifesto de rhythm , soul, hip-hop e jazz que se apropria do antigo ao agora, mas é
introduzido no ponto de vista honesto e franco da abertura de Strickland. Produzido
por Meshell Ndegeocello, “Nihil Novi” toma uma jornada através da música que
torce e rompe categorizações. A gravação é afiada pelo amor de Strickland por
fazer batidas com sua frieza , misturas assentadas de ritmo, mergulho sônico e melodia.
Há músicas como “Sissoko’s Voyage” que acena para batidas e melodias da África
e outras como “Cycle”, “Celestelude” e “Mirrors” que penetra na alma e faz um
lar. “Talking Loud” e “Alive” parecem prontas para rádio urbana, apresentando
fino vocal de Jean Baylor, cujo trabalho direto e vibrações suaves estão bem
com as batidas e a condução do ritmo pelo instrumento de sopro. Musicalmente, a
banda de Strickland, Twi-Life, atinge
um fino balanço com o trompetista Keyon Harrold, o baixista Kyle Miles, o
baterista Charles Haynes, o organista Mitch Henry e o tecladista Masayuki
Hirano. A música apresenta toques dos baixistas convidados Pino Palladino e
Ndegeocello, dos tecladistas Robert Glasper e James Francies, do baterista Chris
Dave e do guitarrista Chris Bruce. Alguns dos mais suaves momentos da gravação
são pequenos interlúdios musicais como “Cherish Family, homenagem de Strickland
à influência do seu pai , e “Mingus”, um aceno ao mestre baixista e compositor.
Esta é seguida por “Truth”, apresentando o belo trabalho do saxofone soprano de
Strickland. A música apresenta a voz de Strickland repetindo, “The thing that drives me the most is the
pursuit of my truth. The most honest representation of who I am. [Aquilo
que me conduz ao máximo é a busca pela minha verdade. A mais honesta
representação do que eu sou- em tradução
livre] ” . Em “Nihil Novi”, ele apresenta uma fatia desta verdade. E o faz para
um grande álbum, perfeito para um dia de verão.
Faixas: Tic
Toc; The Chant; Talking Loud; Alive; Sissoko's Voyage; Mantra; Cycle;
Inevitable; Drive; Cherish Family; Celestelude; Mingus; Truth; Mirrors.
Músicos:
Marcus Strickland: saxofones alto, soprano e tenor, clarinete baixo, vocal;
Keyon Harrold: trompete, flugelhorn ,vocal; Kyle Miles: baixo elétrico, vocal;
Charles Haynes: bateria ; Mitch Henry: órgão, teclados, vocal; Masayuki Hirano:
teclados; Jean Baylor: vocal; Pino Palladino: baixo elétrico; Meshell
Ndegeocello: baixo elétrico; James Francies: teclados; Chris Dave: bateria;
Chris Bruce: guitarra; E.J. Strickland: bateria; Robert Glasper: piano.
Fonte:
FRANK ALKYER (DownBeat)
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