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quarta-feira, 27 de julho de 2016

ORBERT DAVIS´CHICAGO JAZZ PHILARMONIC CHAMBER ENSEMBLE – HAVANA BLUE (316 Records)


Esta tomada contemporânea de música afro-caribenha iniciou como uma colaboração entre o trompetista-compositor Orbert Davis e o corógrafo Frank Chávez, e ganhou vida própria uma vez que as rodas foram postas em movimento. Inspirado a criar uam apresentação ao vivo de música e dança que explorava suas raízes africanas e cubanas, Davis, director artístico da Chicago Jazz Philharmonic, e Chávez, diretor artístico da River North Dance Chicago, foram a uma viagem exploratória a Havana, onde eles passaram nove dias em 2012 embebendo-se da cultura local. O resultado são sete movimentos de Havana Blue Suite que estreou no Auditorium Theater em Chicago em 2013 como parte do Music + Movement Festival, com 19 componentes da Chicago Jazz Philharmonic Chamber Ensemble de Davis acompanhando os dançarinos. Uma gravação ao vivo desta performance, que vividamente trouxe a história cultural rica de Cuba para a vida, é apresentada como uma abertura de sete faixas do álbum (as quatro finais foram realizadas em estúdio). A música— a maioria escrita e arranjada por Davis, com exceção de “Manteca” de Dizzy Gillespie, “Chega De Saudade” de Antônio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes e “Al Fine Te Vi” do compositor cubano Ernesto Lecuona— cercam-se de ressonância emocional que reflete experiências em primeira mão da moderna sociedade cubana. Seus solos de trompete e flugelhorn são líricos e apaixonados, escorados na suporte flexível e qualificada banda. Outros solistas dignos de nota incluem Steve Eisen, que realiza diversas tomadas improvisadas atrativas na flauta e saxofone tenor; pianista/tecladista Leandro López Varady, que soa de forma excelente no Fender Rhodes; o trombonista Tracy Kirk, que desentranha um fogo interior e o saxofonista tenor Michael Salter, sempre fino e fluente na linguagem do jazz latino. O grupo de câmara habilmente mistura elementos estilísticos do jazz e clássico com ritmos afro-caribenhos, sonhadoramente flutuantes durante um minuto na cama das cordas, impulsionando o seguinte estilo da orquestra. Os efeitos deste projeto estão com extensão bem distante, talvez, do originalmente planejado. Em Dezembro de 2014, mais que um ano após a estreia ao vivo da Havana Blue Suite, Davis trouxe membros da Chicago Jazz Philharmonic para Cuba para uma residência educacional na Universidad de las Artes, que apenas aconteceu por coincidir com o anúncio do governo dos Estados Unidos de iniciar a normalização das relações com a nação insular. Uma equipe de reportagem da revista da CBS 60 Minutes capturou os músicos em ação— orientando os estudantes locais— e apresentando-os na transmissão do final de semana seguinte, essencialmente Davis e companhia exercendo as funções de embaixadores culturais, instantaneamente cimentando o relacionamento do líder com o povo de Cuba. Esta visita histórica também proporcionou a origem para as ilustrações do álbum, que incluem belas fotografias em locações de Zoe Davis.

        Faixas

1 Sabor (Ao vivo) 5:03

2 Congri (Ao vivo) 3:29

3 Solteras (Ao vivo) 6:19

4 El Malecón (Ao vivo) 5:54

5 Al Fin Te VI (Ao vivo) 1:50

6 Havana @12 (Ao vivo) 4:03

7 Orlando's Walk (Reprise) [Ao vivo] 1:36

8 Chega de Saudade 5:27

10 Seraphim 7:03           

11 Orlando's Walk 4:52

 

Fonte: ED ENRIGHT (DownBeat)

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