Esta tomada
contemporânea de música afro-caribenha iniciou como uma colaboração entre o trompetista-compositor
Orbert Davis e o corógrafo Frank Chávez, e ganhou vida própria uma vez que as
rodas foram postas em movimento. Inspirado a criar uam apresentação ao vivo de
música e dança que explorava suas raízes africanas e cubanas, Davis, director
artístico da Chicago Jazz Philharmonic,
e Chávez, diretor artístico da River
North Dance Chicago, foram a uma viagem exploratória a Havana, onde eles
passaram nove dias em 2012 embebendo-se da cultura local. O resultado são sete
movimentos de Havana Blue Suite que
estreou no Auditorium Theater em Chicago
em 2013 como parte do Music + Movement
Festival, com 19 componentes da Chicago
Jazz Philharmonic Chamber Ensemble de Davis acompanhando os dançarinos. Uma
gravação ao vivo desta performance, que vividamente trouxe a história cultural rica
de Cuba para a vida, é apresentada como uma abertura de sete faixas do álbum (as
quatro finais foram realizadas em estúdio). A música— a maioria escrita e
arranjada por Davis, com exceção de “Manteca” de Dizzy Gillespie, “Chega De
Saudade” de Antônio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes e “Al Fine Te Vi” do
compositor cubano Ernesto Lecuona— cercam-se de ressonância emocional que reflete
experiências em primeira mão da moderna sociedade cubana. Seus solos de
trompete e flugelhorn são líricos e apaixonados, escorados na suporte flexível
e qualificada banda. Outros solistas dignos de nota incluem Steve Eisen, que
realiza diversas tomadas improvisadas atrativas na flauta e saxofone tenor;
pianista/tecladista Leandro López Varady, que soa de forma excelente no Fender
Rhodes; o trombonista Tracy Kirk, que desentranha um fogo interior e o
saxofonista tenor Michael Salter, sempre fino e fluente na linguagem do jazz latino.
O grupo de câmara habilmente mistura elementos estilísticos do jazz e clássico
com ritmos afro-caribenhos, sonhadoramente flutuantes durante um minuto na cama
das cordas, impulsionando o seguinte estilo da orquestra. Os efeitos deste
projeto estão com extensão bem distante, talvez, do originalmente planejado. Em
Dezembro de 2014, mais que um ano após a estreia ao vivo da Havana Blue Suite, Davis trouxe membros
da Chicago Jazz Philharmonic para
Cuba para uma residência educacional na Universidad
de las Artes, que apenas aconteceu por coincidir com o anúncio do governo
dos Estados Unidos de iniciar a normalização das relações com a nação insular. Uma
equipe de reportagem da revista da CBS 60
Minutes capturou os músicos em ação— orientando os estudantes locais— e
apresentando-os na transmissão do final de semana seguinte, essencialmente Davis
e companhia exercendo as funções de embaixadores culturais, instantaneamente
cimentando o relacionamento do líder com o povo de Cuba. Esta visita histórica
também proporcionou a origem para as ilustrações do álbum, que incluem belas
fotografias em locações de Zoe Davis.
Faixas
1 Sabor
(Ao vivo) 5:03
2 Congri
(Ao vivo) 3:29
3 Solteras
(Ao vivo) 6:19
4 El
Malecón (Ao vivo) 5:54
5 Al Fin
Te VI (Ao vivo) 1:50
6 Havana
@12 (Ao vivo) 4:03
7
Orlando's Walk (Reprise) [Ao vivo] 1:36
8 Chega
de Saudade 5:27
10
Seraphim 7:03
11 Orlando's
Walk 4:52
Fonte: ED
ENRIGHT (DownBeat)
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