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domingo, 21 de agosto de 2016

ANTONIO SÁNCHEZ – THREE TIMES THREE & THE MERIDIAN SUITE


Com o lançamento simultâneo de dois álbuns, “Three Times Three” e “The Meridian Suite”, Antonio Sánchez se credencia ao próximo grande baterista que será um grande líder. Alternativamente enfatizando suas habilidades composicionais e sua musicalidade, como ele fez em sua aclamada orquestração para o filme Birdman, este mexicano nunca abertamente atraiu a atenção para si, preferindo nutrir a interação com aqueles que o cercam, fazendo nada menos que manifesta, ainda que relativa, ausência. Assim fazendo, ele salienta seu perfil dentro da respectiva sessão e projeto, e desempenha o papel mais nobre dos músicos: aquele que faz os que estão ao seu redor soarem melhor.

Esta não é uma tarefa de fácil domínio, mas, defensavelmente, durante os dois CDs que compreendem “ Three Times Three”, se apenas por causa da sua estelar companhia: o pianista Brad Mehldau, o guitarirsta John Scofield, o baixista Christian McBride e o saxofonista Joe Lovano , que aparecem no cursos das nove faixas. As performances crepitam com eletricidade por causa do trabalho da formação em tal estilo complementar. Mehldau ensina a si mesmo a fugir do lampejo quando está com Joshua Redman, aqui, como o próprio baterista preferindo pesquisar durante a nuance de "Constellations". Entretanto, quando da formação moderna de Miles Davis, Scofield descobriu a forma de abrir espaço para si e outros, assim não é surpresa ele e McBride engajarem-se em furiosas interações de forma bastante hábil em "Nooks and Crannies". Entretanto o saxofonista Joe Lovano, plenamente, acelera em "I Mean You".

Todos esses valores artísticos são exibidos durante “The Meridian Suite”, embora em proporções levemente variadas. As texturas acústicas e elétricas supridas pelo pianista John Escreet, pelo baixista Matt Brewer (que também atua em “Three Time Three”) e o guitarrista especialmente convidado Adam Rogers expandem a estrutura da composição em cinco partes, embora a tepidez da voz de Thana Alexa, que também contribuiu em “New Life (CAM Jazz, 2013) ” de Sánchez, humaniza um som claro e cristalino. E, não coincidentemente, suas aparições provocam as principais mudanças nas peças, particularmente em "Imaginary Lines" para a qual ela escreveu a letra. Os cerca de vinte minutos de "Pathways of the Mind" recapitula transições estimulantes de entonação e textura compelindo ao enceramento da audição através de "Channels of Energy" e "Magnetic Currents". Em harmonia com o multifacetado domínio deste projeto por parte de Antonio Sánchez, o toque do líder é tão competente dentro deste estruturado cenário quanto a atmosfera solta do outro álbum: o compositor / líder simultaneamente sublinha os motivos rítmicos e melódicos de cada intervalo e, ao mesmo tempo, mantém uma flexibilidade que permite suas contrapartes expressar as personalidades delas tão plenamente quanto ele faz.

Faixas: Nar-this; Constellations; Big Dream; Fall; Nook And Crannies; Rooney And Vinski; Leviathan; Firenze; I Mean You.

Músicos: Antonio Sánchez: bateria; Brad Mehldau: piano; John Scofield: guitarra; Joe Lovano: sax tenor; John Patitucci: baixos acústico e elétrico; Matt Brewer: baixos acústico e elétrico; Christian McBride: baixos acústico e elétrico.

Fonte: Doug Collette ((AllAboutJazz )

 

 
 


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