Com o lançamento simultâneo de dois álbuns, “Three Times
Three” e “The Meridian Suite”, Antonio Sánchez se credencia ao próximo grande
baterista que será um grande líder. Alternativamente enfatizando suas
habilidades composicionais e sua musicalidade, como ele fez em sua aclamada
orquestração para o filme Birdman, este
mexicano nunca abertamente atraiu a atenção para si, preferindo nutrir a
interação com aqueles que o cercam, fazendo nada menos que manifesta, ainda que
relativa, ausência. Assim fazendo, ele salienta seu perfil dentro da respectiva
sessão e projeto, e desempenha o papel mais nobre dos músicos: aquele que faz
os que estão ao seu redor soarem melhor.
Esta não é uma tarefa de fácil domínio, mas, defensavelmente,
durante os dois CDs que compreendem “ Three Times Three”, se apenas por causa
da sua estelar companhia: o pianista Brad Mehldau, o guitarirsta John Scofield,
o baixista Christian McBride e o saxofonista Joe Lovano , que aparecem no
cursos das nove faixas. As performances crepitam com eletricidade por causa do
trabalho da formação em tal estilo complementar. Mehldau ensina a si mesmo a
fugir do lampejo quando está com Joshua Redman, aqui, como o próprio baterista
preferindo pesquisar durante a nuance de "Constellations". Entretanto,
quando da formação moderna de Miles Davis, Scofield descobriu a forma de abrir
espaço para si e outros, assim não é surpresa ele e McBride engajarem-se em
furiosas interações de forma bastante hábil em "Nooks and Crannies".
Entretanto o saxofonista Joe Lovano, plenamente, acelera em "I Mean You".
Todos esses valores artísticos são exibidos durante “The
Meridian Suite”, embora em proporções levemente variadas. As texturas acústicas
e elétricas supridas pelo pianista John Escreet, pelo baixista Matt Brewer (que
também atua em “Three Time Three”) e o guitarrista especialmente convidado Adam
Rogers expandem a estrutura da composição em cinco partes, embora a tepidez da
voz de Thana Alexa, que também contribuiu em “New Life (CAM Jazz, 2013) ” de Sánchez,
humaniza um som claro e cristalino. E, não coincidentemente, suas aparições
provocam as principais mudanças nas peças, particularmente em "Imaginary
Lines" para a qual ela escreveu a letra. Os cerca de vinte minutos de "Pathways
of the Mind" recapitula transições estimulantes de entonação e textura
compelindo ao enceramento da audição através de "Channels of Energy" e
"Magnetic Currents". Em harmonia com o multifacetado domínio deste
projeto por parte de Antonio Sánchez, o toque do líder é tão competente dentro
deste estruturado cenário quanto a atmosfera solta do outro álbum: o compositor
/ líder simultaneamente sublinha os motivos rítmicos e melódicos de cada intervalo
e, ao mesmo tempo, mantém uma flexibilidade que permite suas contrapartes
expressar as personalidades delas tão plenamente quanto ele faz.
Faixas: Nar-this; Constellations; Big Dream; Fall; Nook And
Crannies; Rooney And Vinski; Leviathan; Firenze; I Mean You.
Músicos: Antonio Sánchez: bateria; Brad Mehldau: piano; John
Scofield: guitarra; Joe Lovano: sax tenor; John Patitucci: baixos acústico e
elétrico; Matt Brewer: baixos acústico e elétrico; Christian McBride: baixos
acústico e elétrico.
Fonte: Doug Collette ((AllAboutJazz )
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