
Porém, ele suinga bastante. Em músicas como “I’ve Never Been
in Love Before” e “Blues for C.F.” seu trio com o guitarrista Peter Bernstein e
o baterista George Fludas encontra uma pegada sutil e encapetada e permanece
lá. Seus graciosos e sensíveis sobrevoos soam natural, não forçados.
As faixas mais interessantes interpretam canções famosas
dentro de uma linguagem nova no órgão. “Cry Me a River” e “50 Ways to Leave
Your Lover” são plenas e suntuosas, Paterson manifesta fundamentais e
sustentáveis acordes orquestrais, Bernstein exibe elegantes modelos sobre a
melodia. Bernstein tem sido um inestimável acompanhante em uma ampla variedade
de contextos, incluído a banda mais recente de Sonny Rollins. Ele eleva o
projeto de Paterson, e acentua seu expressivo raio de ação com um sucinto e
lúcido solo, um após o outro. Ele flui distante de “Cry Me a River”, dentro de
novas direções. Você pensa que ele deixou a canção para trás, até você ouvir
que ele a conduziu com ele.
Os melhores músicos têm sua própria sonoridade. Isto é,
provavelmente, mais fácil para instrumentistas de sopro do que para aqueles que
tocam instrumentos com assinaturas sônicas, relativamente fixas, como teclados,
especialmente os eletrônicos. Nas mãos de Paterson, o órgão não necessita
gritar para chamar a sua atenção. Ele pode fazer o B-3 soar sedutor. Ele pode
fazê-lo sussurrar suave e belamente, direto no seu ouvido.
Faixas: Cubano Chant; I’ll Close My Eyes; 50 Ways to Leave
Your Lover; Cry Me a River; For Once in My Life; Decision; Nutville; Blues for
C.F.; Near Miss; We’ll Be Together Again; I’ve Never Been in Love Before.
Músicos: Ben Paterson: órgão; Peter Bernstein: guitarra;
George Fludas: bateria.
Fonte: Thomas Conrad (JazzTimes)
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