
Após montar seus próprios grupos (Cream, Blind Faith, Derek
and The Dominos), Clapton seguiu solo, entronizado como divindade da guitarra.
Galgou as paradas em 1977 com Slowhand
, disco nomeado pelo elogio de uma das suas habilidades, o toque pausado, sem o
excesso de velocidade de tantos pretensos rivais.
Sob a ironia do novo título, Eu ainda Faço, e pintura da capa de Sir Peter Blake (de Sgt. Pepper´s Lonely Hearts Club Band,
dos Beatles) ele se reencontra com o produtor do êxito anterior, Glyn Johns.
Revisita a cena do blues, mas sem a ortodoxia de From the Cradle (Do Berço), de 1994. Se há o inescapável fundador
do gênero, Robert Johnson (Stone in my Passway), devidamente flambado por vocal
e guitarra estertorados, e o embalador I´ll
Be All Right, de domínio público, também entram dois temas sinuosos do
ídolo do solista, JJ Cale (Can´t let You
Do e Somebody´s Knockin´),
celebrados por ele em The Breeze
(2014). Um compassado Bob Dylan ( I
Dreamed I Saw St. Augustine) contracena com o tempero percussivo caribenho
da autoral I Catch the Blues , em que
Clapton fatia os limites entre reverência e devoção.
Faixas
01. Alabama Woman Blues [0:05:07.25]
02. Can't Let You Do It [0:03:50.50]
03. I Will Be There [0:04:37.42]
04. Spiral [0:05:04.33]
05. Catch The Blues [0:04:51.65]
06. Cypress Grove [0:04:49.65]
07. Little Man, You've Had A Busy Day [0:03:11.45]
08. Stones In My Passway [0:04:03.05]
09. I Dreamed I Saw St. Augustine [0:04:02.02]
10. I'll Be Alright [0:04:23.33]
11. Somebody's Knockin' [0:05:11.32]
12. I'll Be Seeing You [0:05:02.16]
Faixa bônus:
13. Freight Train [0:03:53.37]
Fonte: Tárik de Souza (CartaCapital)
Nenhum comentário:
Postar um comentário