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domingo, 28 de agosto de 2016

JULIAN LAGE – WORLD´S FAIR


As habilidades camaleônicas do guitarrista Julian Lage têm coberto muitos estilos do jazz em bandas com o vibrafonista Gary Burton e o baterista Eric Harland a expressões de vanguarda free com o guitarrista Nels Cline em “Room (Mack Avenue, 2014) ” e o simples bluegrass (NT : música e ritmo de raízes populares ) como do membro do Punch Brother de  Chris Eldridge em “Avalon (Modern Lore, 2014)”. Um fenômeno técnico, Lage é mais essencialmente um músico com marcante tonalidade e toque delicado que exsuda uma pletora de humores do seu instrumento conforme apresentado em seu primeiro lançamento solo “World's Fair”. É a perfeita exibição de sua fina habilidade ao violão.

 Um senso de calorosa intimidade inicia o trabalho de inéditas com a faixa "40's", uma música que exsuda expressividade nas suas qualidades líricas. Vigorosas estruturas de acordes justapostas com notas leves enlaçadas, que são levemente nostálgicas e alojadas no núcleo de   "Japan". Contudo ajustado à natureza inquisitiva de Lage, há uma plenitude de diversidade com melodioso arrojo em "Peru", incrementada pelo mercurial toque de Lage; flexões do blues tangem "Ryland" e persuasões neoclássicas na dramática, ainda que adorável, "Century".

Cada faixa apresenta momentos de nuances e virtuosismo. A incendiária "Gardens" é uma intensa “corrida de trenó” com um tempo febril e mudanças dinâmicas.  Enquanto a interpretação da icônica canção de 1937, "Where or When", se estende como uma confortável memória. Muito poderia ser falado da destreza técnica de Lage e facilidade com a qual está em completo desembaraço, mas seu último presente deve repousar na forma como ele aproveita estas habilidades com emoção e empatia neste esplêndido lançamento.   

Faixas: 40's; Peru; Japan; Ryland; Double Stops; Gardens; Century; Where or When; Missouri; Red Prarie Dawn; Day and Age; Lullaby.

Fonte: Mark F. Turner (AllAboutJazz)

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