
De fato, isto faz um tremendo senso. Ao se restringir à
música inicial de Mitchell (estendendo-se ao álbum de estreia dela de 1968, “Song
to a Seagull”), ela providenciou a mais pura cobertura, livre de outras
influências do jazz. Ela parece, por extensão, colorir com as linhas, mas isto
porque seus sombreamentos são brilhantemente sutis.
Estas 13 faixas datam do tempo em que Mitchell ainda era
inexperiente – jovem e incessantemente curiosa sobre as inclinações do gênero
humano e suas debilidades. Antonioli traz estas narrativas com critérios
enriquecedores. Quando, por instante, ela canta a panóplia social que define “People’s
Parties”, ela não fica a observar, mas tem um senso prático de veterana. Quando
ela canta a graça e perda em “Marcie” você sabe que ela sofreu a mesma ingênua
esperança em face da cruel rejeição. E, como ela compartilha nas notas para o
disco, ela carrega sua própria batalha pela moderação para assim efetivamente
perscrutar “Cold Blue Steel and Sweet Fire”. Este é, em resumo, precisamente o
que qualquer tributo verdadeiro deveria ser: honorífico ainda que idiossincrático,
respeitoso embora criterioso.
Faixas: People's Parties; Rainy Night House; Barangrill;
Eastern Rain; Cold Blue Steel And Sweet Fire; Both Sides Now; Hissing Of Summer
Lawns; Woman Of Heart And Mind; This Flight Tonight; River; I Don't Know Where
I Stand; California; Marcie.
Músicos: Laurie Antonioli: vocal; Matt Clark: piano, Hammond
B-3, Fender rhodes; Dave Mac Nab: guitarra; John Shifflett: baixo; Jason Lewis:
bateria; Sheldon Brown: clarinete baixo, clarinete, saxofone soprano, saxofone
tenor; Theo Bleckmann: vocal (1).
Fonte: Christopher Loudon (JazzTimes)
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