
Nas suas notas para o disco, Mitchell descreve uma estória
triste de uma abdução de um alienígena e um acasalamento interespécies, que ela
busca descrever através de uma intensa abstração em sua longa suíte. O CD não
inicia tão desenvolvido assim, o profundo rugido do baixo de Joshua Abrams
convoca primordiais grunhidos e bramem de vários cantos da banda na abertura de
10 minutos, “Phases of Subduction”. Fragmentos da melodia introduz-se via o
clarinete baixo de David Boykin, mas estes são repetidamente subjugados por
dissonantes grasnidos e ruídos. O vocal estridente e sem palavras de Mankwe
Ndosi (ao menos na linguagem humana) sugere o horror sobrenatural.
O restante do álbum é apenas generoso, embora “The Ooli
Moves” passeie flutuante nos ritmos tagarelas do baterista Marcus Evans e do percussionista
Avreeayl Ra, com a fúria do arco do violinista Renée Baker e trabalho matizado
e androide do guitarrista Jeff Parker. Mitchell estende-se largamente para
guiar esta amorfa besta através de seus estranhos passos, mas finalmente
estabelece sua inventiva flauta free no
encerramento “The Inevitable”, encerrando as coisas em mais uma nota mundana
convidativa.
Faixas: Phases of Subduction; Cycle of Metamorphosis; The
Ooli Moves; Dripping Matter; Negotiating Identity; Web of Hope; Fields of
Possibility; Resisting Entanglement; The Inevitable.
Músicos: Nicole Mitchell: flauta, composições; Mankwe Ndosi:
vocal; David Boykin: saxofone tenor, clarinete baixo; David Young: trompete, sraliai horn; Renee Baker: violino;
Tomeka Reid: cello; Jeff Parker: guitarra elétrica; Joshua Abrams: baixo;
Avreeayl Ra: percussão; Marcus Evans: bateria.
Fonte: Shaun Brady (JazzTimes)
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