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A música da
banda é suave e adorável, em pasagens trovejantes, clássicas e avant-garde. Sua específica marca de free-jazz, uma combinação de sons compostos
e improvisados, rememora o eletrificado Miles e o Weather Repor. É surpreendente, pleno de mudanças abruptas e
dinâmicas.
O álbum estende-se
por 12 peças, todas compostas por Fort, que exibe uma propensão a tocar
suavemente, como se cada nota fosse preciosa. Porém ela pode, também, ser
vigorosa, especialmente durante as intervenções coletivas (Uma falha do álbum é
que esta distensão em volume ocorre frequentemente, diminuindo o elemento surpresa.)
Wang assume
um fundo retumbante para muitas músicas, e toca um número de encorpados e
excelentes solos. Trovesi está incrível, lisonjeando todos os sons das
palhetas, bem como uma série de grasnados dos seu clarinete.
Os músicos
de Fort têm igual suporte para o criativo processo aqui, movendo-se para dentro
e para fora dos holofotes em diferentes canções. Porém, em duas partes da peça
intitulada “Song Of The Phoenix II”, eles tocam como uma unidade e são
absolutamente sensacionais.
Em “Murmuration”,
o grupo vai do rapsódico ao rouquenho, e Fort e a banda vêm mais próximo da
tradição melódica em “It’s Your Song”, apresentando um fino solo de Wang. Porém,
direto após isto, o grupo segue em um modo agudo, que levará os ouvintes a
pular em suas cadeiras.
Se há outro
calcanhar de Aquiles neste álbum, é que usa o mesmo formato com frequência, com
sonoras explosões que esgotam os ouvintes. Porém, vale o passeio.
Faixas:
First Rays; Earth Talks; Not The Perfect Storm; It's Your Song; Jumpin' In;
Milarepa Part 1; Song Of The Phoenix I; Song Of The Phoenix II; Murmuration;
Meditation For A New Year; Inner Voices; Sun. (48:23)
Músicos:
Anat Fort, piano; Gary Wang, baixo; Roland Schneider, bateria; Gianluigi
Trovesi, clarinete.
Fonte: Bob
Protzman (Downbeat)
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