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domingo, 2 de outubro de 2016

SCOTTISH NATIONAL JAZZ ORCHESTRA/MAKOTO OZONE – JEUNEHOMME: MOZART PIANO CONCERTO No. 9 K-271 (Spartacus Records)


É Mozart, assim você espera o gênio saltar dos alto-falantes, e isto ocorre em “Jeunehomme: Mozart Piano Concerto No 9 K-271”. E não é apenas o gênio do compositor, é também a brilhante exibição da destreza da condução e arranjo do pianista Makoto Ozone e para a entusiástica magnificência da Scottish National Jazz Orchestra.

Wolfgang Amadeus Mozart tinha vinte e um anos quando escreveu a peça, que é considerada, frequentemente, sua essencial obra-prima. Tomando a música de Mozart distante do impulso da transparente magnificência das cordas e trazendo para o suingue e audácia do jazz, irradia novas facetas da mente do compositor e presenteia a Scottish National Jazz Orchestra—talvez a mais fina e mais versátil orquestra em atividade— com uma chance para pavonear sua qualidade com gravitações surpreendentes.

E, se há gravitações, há também prazer. "1st Movement, Allegro Swing" (adaptado do original "Allegro") é uma peça edificante, injetada com a energia do jazz via um arranjo intricado e uma seção rítmica impetuosa. O baterista Alyn Cosker conduz a música com energia nas partes mais propulsivas. Ozone toca com delicadeza clássica e pompa em segmento solo do piano que conduz para uma sólida reviravolta do sax tenor (e você pode apostar que Mozart não escreveu estas notas) do diretor da Orquestra, Tommy Smith, acompanhado da passagem de Ozone para um muscular e percussivo acompanhamento. O suingue está feito.

"2nd Movement, Adantino Tango" inicia com um pesaroso solo de sax tenor. De uma perspectiva não plenamente familiar com o lado clássico, esta seção de 18 minutos soa a mais clássica e profunda. A mistura de metais e palhetas é construída com sutil graça, contendo um segmento de solo do sax soprano de Ruaridh Pattison, uma pequena, minuciosa obra prima, seguida por uma luxuosa elegância de Ozone ao piano.

O "3rd Movement, Rondo/Presto Be-Bop" traz o elemento do jazz do fundo para a frente. Ozone emprega uma clássica ostentação ao piano, então passa para algo que soa como se ele estivesse sentando em um banco próximo de Fats Waller. Então, aqui, vem a banda com alegria na face, dando ao trompetista Tom Walsh algum campo para agitar. Posteriormente, um voo livre passa para o trombonista Chris Greive.

Esta gravação ao vivo é a melhor coisa do jazz. Ao final, retorna um mar de aplausos e alguém grita "Maravilhoso!". Isto diz tudo.

Faixas: 1st Movement: Allegro Swing; 2nd Movement: Andantino Tango; 3rd Movement: Rondo/Presto Be-Bop.

Músicos: Makoto Ozone: piano; Calum Courlay: baixo; Alyn Cosker: bateria; Martin Kershaw: clarinete, saxofone alto; Ruaridh Pattison: saxofones alto e soprano; Tommy Smith: saxofone tenor, flauta; Konrad Wiszniewski: saxofone tenor; Bill Fleming: saxofone barítono; Tom Walsh: trompete; Cameron Jay: trompete; Tom McNiven: trompete; Lorne Cowieson: trompete; Chris Greive: trombone; Phil O'Malley: trombone; Michael Owers: trombone

Fonte: Dan McClenaghan (AllAboutJazz)

 

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