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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

AARON DIEHL – SPACE TIME CONTINUUM (Mack Avenue Records)



No quarto álbum do pianista compositor Aaron Diehl como líder, suas escolhas do material e dos acompanhantes iluminam o título da sua gravação: O natural de Columbus, Ohio, 29 anos, cria um ambiente no qual os estilos histórico e contemporâneo do jazz, bem como a tradição clássica ocidental, são benvindas e integradas. Embora o álbum não seja especialmente centrado no piano, os fãs do excelente toque de Diehl, articulação precisa e arranjos meticulosos serão plenamente recompensados.

As seis inéditas em “Space Time Continuum” revelam a influência dos ancestrais do jazz como Ellington, Bud Powell e John Lewis, um modelo inicial ao qual Diehl tem sido comparado. Como Lewis, ele retrata a tradição clássica; algo como provavelmente ouvir um eco de Rachmaninoff como de Ellington. Como pianista ele é igualmente eclético, reminiscente de Ahmad Jamal, Monk—e, ocasionalmente, um virtuoso clássico.

O excelente acompanhamento está composto pelos companheiros de trio, David Wong no baixo e Quincy Davis na bateria, ocasionalmente incrementados por dois lendários instrumentistas, Benny Golson no saxafone tenor e Joe Temperley no saxofone barítono. O brilhante e sussurrante tenorista Stephen Riley atua em duas faixas, como faz o empolgante jovem trompetista Bruce Harris.

A despeito da ênfase nas inéditas, um dos destaques do álbum está na abertura, “Uranus”, um arranjo semelhante e polido do pouco interpretado standard hard-bop de Walter Davis Jr. (gravado por Art Blakey and the Jazz Messengers em 1976); ele brilha num arranjo encrespado, com fraseado com reviravoltas simples. O toque sombrio em “Organic Consequence” apresenta um eloquente solo de Golson. “Kat’s Dance”, composta pelo pianista Adam Birnbaum, é um duo com Riley que inicia como uma versão jazzística de um noturno de Chopin, e vem a ser um trabalho animado para Riley apoiar a harmonia no tranquilamente espetacular solo do tenor. A frenética “Broadway Boogie Woogie”, comissionada pelo Museum of Modern Art de Nova York, é uma interpretação da pintura famosa de Mondrian. Em toda a parte, uma performance notavelmente segura.

Faixas: Uranus; The Steadfatst Titan; Flux Capacitor; Organic Consequences; Kat’s Dance; Santa Maria; Broadway Boogie Woogie; Space, Time, Continnum.

Músicos: Aaron Diehl: piano; David Wong: contrabaixo; Quincy Davis: bateria; Joe Temperley: saxofone barítono; Benny Golson, Stephen Riley: saxofone tenor; Bruce Harris: trompete; Charenee Wade: vocal.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

 
Fonte: Allen Morrison (JazzTimes)

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