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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

DAVE DOUGLAS AND HIGH RISK – DARK TERRITORY (Greenleaf)



Jazz e eletrônica misturam-se em caminhos emocionantes neste terreno remoto que está fora do radar e perto da zona de perigo. Baseado na frase usada pelo ex-Secretário de Defesa   Robert Gates para descrver uma Guerra cibernética, esta música assume riscos. 

A espécie de aguçado jazz cibernético que o trompetista Dave Douglas realiza com o baterista Mark Guiliana (do Donny McCaslin Quartet), com o baixista Jonathan Maron (do Groove Collective, Maxwell) e especialista em eletrônica Shigeto (alcunha de Zach Saginaw) em casamento bem sucedido entre o lírico e a frieza, se em “Celine”, “Let’s Get One Thing Straight” ou “Neural”, uma vitrine para o melodismo seguro e vigoroso de Douglas. 

Douglas e seu grupo High Risk criou algo original aqui. “Dark Territory” é devotado, e embora use suas influências—Miles Davis, Ministry, Nine Inch Nails, David Bowie, hip-hop— em sua audácia, com conexão altamente estilizada, é também singular. 

Pode ser lírico também. “All The Pretty Horsepower” apresenta material meditativo de Douglas sobre a eletrônica que soa como mármores escorregadios através de uma madeira rígida. 

No lado mais espantoso, “Let’s Get”, uma música composta por todos os membros do grupo, inicia com arranhaduras e lamúrias e respiração pesada. As notas estão saturadas com sustentação que eles parecem subjugar. O som escala com um instrumento de sopro ou teclado— é Douglas ou Shigeto? —fornece o campo sônico. 

Douglas continua a impulsionar através das paisagens sonoras mutantes, organizando poucas notas para construir uma melodia assombrosa, que sugere um triunfo, se não prazer. 

A segunda gravação deste grupo é realmente sombria. Ao mesmo tempo está sempre buscando, sempre inaugurando. Douglastem ditto que em “Let’s Get” ele quis o grupo para criar uma experiência musical que estava no momento, “de algum segundo para o próximo”. 

O ato de equilibrar-se no alto faz de “Dark Territory” excitante e necessário, como é o caso ao longo do álbum. 

Faixas: Celine; All the Pretty Horsepower; Let’s Get One Thing Straight; Mission Acropolis; Ridge Hill; Neural; Loom Large. (40:12) 

Músicos: Dave Douglas, trompete; Mark Guiliana, bateria; Jonathan Maron, baixo; Shigeto, eletrônica.

Fonte: Carlo Wolff DownBeat)

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