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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

DUKE ELLINGTON & HIS ORCHESTRA – THE CONNY PLANK SESSION (Groenland)



Uma seção em estúdio de Ellington, não divulgada, tem a insuficiência de emparelhar com   a plenitude de seus saltos artísticos das suas gravações ao vivo, assim, esta esperta gravação, um pouco curta, apenas 29 minutos, é algo revelador. A improvável organização: Duke em Colônia em 1970 para gravar com o conhecido engenheiro dos sintetizadores, Conny Plank, um homem acostumado a trabalhar com Kraftwerk em vez de titãs do suíngue.

Porém, é fascinante ouvir, ao final da carreira, Ellington ir para o experimental, admitindo aparatos de estúdio. Dois dos trabalhos apresentados, repartidos por faixas alternativas, “Alerado” tem a forma mais segura. É aparentada ao blues, samba introduzido com flauta africana, embora as raízes de Ellington enrede-se com ritmos brasileiros e principiou a crescer na Alemanha. Algo que surpreende como ele rapidamente executa as tomadas uma após a outra, como se as abordagens deles foram muito debatidas ou decididas em pleno voo. A primeira tomada é pastoral; a segunda apresenta a banda mais assertiva que se arremete contra o órgão de Ellington com fraseado à la Jimmy Smith e a terceira é bastante improvisada comandada pelo saxofone tenor de Harold Ashby. Este, claramente, é o próprio desfrute de Duke.

As três tomadas de “Afrique” poderia ter sido retirada de algum projeto bizarro. A primeira é a melhor e puro painel sonoro com impulsos do órgão rolando sobre a bateria que é uma espécie de alguma convocação tribal. Agudas notas de piano quebram os intervalos, como a percussão necessariamente encontra nos filmes noir, como se alguém estivesse atrás, se aproximando, nos degraus da escada. O velho turco rejuvenesceu.

     Faixas
1 Alerado [Take 1] 3:57
2 Alerado [Take 2] 3:59
3 Alerado [Take 3] 3:25
4 Afrique [Take 1] 7:08
5 Afrique [Take 2] 5:28
6 Afrique [Take 3] [Versão Vocal ] 5:24

Fonte: Colin Fleming (JazzTimes)

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