Trabalhando com Paul Sikivie no baixo e o irmão Phil Stewart
na bateria, ao longo de TRIO, o saxofonista tenor Grant Stewart exibe uma
grande e direta entonação em seus solos, uma aptidão para desenvolvimento
motivado, junto à estratégia melódica lembradoras de que a canção está à mão. Embora
o formato sem piano sugira procedimentos emprestados da avant-garde, a abordagem de Stewart é tradicional como sempre e,
salvo por “Uranus” de Walter Davis Jr. e “Time to Smile” de Freddie Redd, as
músicas são standards bem conhecidos.
Apesar disto, Stewart manobra para tomar vantagem da abertura harmônica.
O programa inicia com “Time to Smile” em tempo médio, no
qual Stewart desenvolve variações melódicas e sequências que demonstram sua
inventividade, bem como sua fidelidade à canção. Sikivie sola com uma entonação
robusta e ataque percussivo e o tenor e a bateria trocam frases de quatro
compassos. Posteriormente, nós ouvimos um tempo agitado em “Everything’s Coming
Up Roses” com todos os músicos entrelaçados em sincronia e fervura. “I’ll Never
Be the Same”, uma das três baladas do álbum, é tranquila, com Stewart servindo
um reflexivo, mas suingante solo. O tempo médio de “Uranus” oferece interação
empática e reativa entre o tenor e a bateria.
Faixas:
01 A Time To Smile
02 Everything I Love
03 I'll Never Be The Same
04 Everything's Coming Up Roses
05 The Thrill Is Gone
06 This Is New
07 I Surrender Dear
08 Uranus
09 Is That All There Is
Músicos: GRANT STEWART saxofone tenor, PAUL SIKIVIE baixo,
PHILIP STEWART bateria.
Fonte: Owen Cordle (JazzTimes)
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