
“Farley Strange” casa um vocal com o lustro de densa
eletrônica, uma espécie de vibração Creole
cruzada com a sensibilidade de meio período do Radiohead. “Diva Man” tem um vocal granulado de Ku-umba Frank Lacy sugerindo
Blind Willie Johnson, que se encaixa muito bem com a seguinte “Blues for Mr.
Charley”, uma pré-alvorada, clássica pós-bebedeira, que constrói aquele início
como uma incrementada canção triste, que adorna estas transições para o esquema
do suingue de Mobley, cortesia do trabalho do tenor de Troy Roberts.
As batidas, aqui, são amplas e Watts, como sempre, surpreende
com seu trabalho na bateria, mas há toques caligráficos também, como as linhas
de corrida sintetizada em “May 15, 2011”, ornatos sônicos escuros que
providenciam nuances, contrastes e balanços para o que deve ter sido uma
diferente e confusa paisagem sonora. “Flip & Dip”, entretanto, tem um solo
de bateria que faz apenas com que a composição se abrigue em si mesma.
Faixas
1. Brilliant Corners 07:03
2. Farley Strange 07:11
3. May 15, 2011 (com Frank McComb) 06:32
4.Driva Man (com Ku-umba Frank Lacy) 07:30
5.Blues for Mr. Charley 08:16
6.Faux Paul (com Gregoire Maret) 04:50
7.Flip & Dip 05:58
8.Brainlifter 03:50
9.Reverie 07:59
Fonte: Colin Fleming (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário