
Considerado ultrapassado pela timbragem mais estridente das
cordas de aço que utilizava, em contraste com o náilon coloquial dos
bossa-novistas posteriores, Dilermando ressurge sob sutis infiltrações de jazz
em seu choro mais conhecido, Magoado.
Decalcado no Corta Jaca, de outra pioneira,
Chiquinha Gonzaga, Xodó da Baiana, na
concepção de Marco, requebra entre Night
In Tunisia, do trompetista bebop Dizzy Gillespie e o sacrílego Segura o Tchan, do grupo baiano, Gera Samba , lanceiro da axé
music. Tais irreverências apimentam, sem afrontar, o viés tradicionalista do
autor de valsas epiteliais como se Se Ela
Perguntar e Flor do Aguapé,
memoráveis solos do violonista, escoltado por clarone na faixa-título. A
coleante gafieira convoca mais seis músicos, enquanto cinco tonalidades
perpassam o diálogo com o acordeom de Toninho Ferragutti em Dr. Sabe Tudo. O secular Dilermando
reluz.
Faixas
1. Se Ela Perguntar 4:53
2. Xodó da Bahiana 4:56
3. Gente Boa 2:53
4. Caxinguelê 5:33
5. Flor de Aguapé 6:39
6. Tempo de Criança 4:57
7. Feitiço 4:14
8. Vê Se Te Agrada 5:41
9. Dr. Sabe Tudo 4:49
10. Magoado 4:05
11. Noite de Lua 4:10
12. Dois Destinos 5:38
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Tárik de Souza (CartaCapital)
Nenhum comentário:
Postar um comentário