A bateria e as composições de Dylan Ryan dão força a Sand, mas o guitarrista Timothy Young é
o cara de destaque. E “destaque” pode facilmente ser afixado em seus
ornatos. Os acompanhamentos improvisados,
baixos e gotejantes, em “Possession” evoca Tony Iommi do Black Sabbath em um dia mais progressivo. “Visionary Fantasy” inicia
com uma placa de acordes poderosos. O wah-wah
forte em “Mortgage on My Soul” começa como um sobrinho distante de “Voodoo
Child (Slight Return)” de Jimi Hendrix
antes de partir para evocar os uivos de James Blood Ulmer.
Em aproximadamente cada momento cortante e vigoroso,
entretanto, Young pode usar artifício em som igualmente refinado e meditativo.
“Visionary Fantasy”, de fato, depende mais de figuras altamente melódicas
adicionais aos lamentos, que misturam som a passagens dinâmicas e clímax dos
efeitos dos pedais. Em “Slow Sculpture”, o trio cria cinemática música monótona,
que continua em solitário som metálico de “Pink Noir”. O baixo de Devin Hoff
traz um timbre suave e calmante para o trabalho, que assevera a si mesmo
momentos oportunos, como se para provar que a música não desviará em excessivo
sedimento. Ao mesmo tempo, Ryan frequentemente compõe em tempos irregulares.
Sand pode soar
mais como trio de rock progressivo ao primeiro rubor, mas como eles tocam, é
claro que eles evitam qualquer excesso de pretensão que usualmente vem com este
estilo. “Circa” apresenta um jazz com senso de economia, não para mencionar um
senso de suingue na liderança do baterista, mesmo nos mais trovejantes momentos.
Faixas: Trees, Voices, Saturn; Possession; Sledge Tread;
Visionary Fantasy; Pink Noir; Mortgage On My Soul; Slow Sculpture; Low Fell;
Night Sea Journey; Raw Rattle.
Músicos: Dylan Ryan: bateria; Timothy Young: guitarra; Devin
Hoff: baixo.
Fonte: Mike Shanley (JazzTimes)
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