
O brasileiro, residente em Nova York, tem lançado música em
uma escala nunca vista desde as campanhas de David Murray nos anos 1990, produzindo
mais de 20 álbuns nos últimos quatro anos. Dickey participou de cinco destas
sessões.
Como todo seu trabalho anterior, esta música é improvisada. Uma
vareta é sacudida e a magia acontece. “Tenorhood”, o título foi criado por
Perelman após a reprodução de gravação fonográfica, com a audição dos
movimentos e fragmentos dos seus heróis saxofonistas dentro de suas próprias
criações.
O prazer aqui está em encontrar estes gestos na música. O
mais fácil de reconhecer é "For Ayler", um som que Perelman tem
evocado desde seu início de carreira. Ouça outra vez “Soccer Land (Ibeji, 1994)”
e o espírito de Albert Ayler já está presente no lamento e exclamação do mestre.
Então há "For Coltrane" e ,certamente, nenhum moderno instrumentista
escapou do sentimento da importância da música de John Coltrane em vida.
Perelman e Dickey exercita a música de “Intersteller Space (Impulse!, 1967)”.
Dickey é um dínamo aqui, porém, mais significativamente, ele está mais como um
acompanhante de Perelman como o pianista Matthew Shipp. Ele pode colorir seu
som, suportar ou desafiar o saxofonista. Ele equilibrou tudo na faixa título
para o solo com baquetas e pratos. Há espírito e vida. A beleza de Ben Webster e
o suingue de Hank Mobley, ambos traçados em apenas escassos sinais
reconhecíveis. A dupla encerra com Sonny Rollins. Perelman trabalha na parte
elevadas dos altos registros, nos quais ele e Rollins são famosos.
Se você escutar “Tenorhood” com a abertura e mente de
meditador, você certamente ouvirá todos os espíritos que habitam a pessoa de Ivo
Perelman.
Faixas: For Mobley; For Webster; For Coltrane; Tenorhood;
For Ayler; For Rollins.
Músicos: Ivo Perelman: saxofone tenor; Whit Dickey: bateria.
Fonte: Mark Corroto (AllAboutJazz)
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