Antes do percussionista Sammy Figueroa provar a si mesmo a
maestria em todas as coisas do bebop e acompanhamento de vocalistas, de rock eR&B—
com um currículo que se estende de Chet Baker, Miles Davis, Sonny Rollins e Mark
Murphy a Blondie, David Bowie, Annie Lennox e Aretha Franklin— ele afiou suas
habilidades musicais na fusão do brasileiro com o latino como cofundador, junto
com o guitarrista e líder Bobby Valentín, do Raíces.
Embora sua paixão pelo jazz latino nunca tenha diminuído,
suas sessões de trabalho e excursões com líderes internacionais têm dominado sua
carreira. Agora, o norte-americano Figueroa realiza um bem-vindo retorno às
suas origens ao lado da vibrante vocalista brasileira Glaucia Nasser.
Embora a gravação, no NaCena
Studios em São Paulo, tenha sido no estilo da velha escola, com Figueroa
incorporando tais instrumentos tradicionais como o pandeiro brasileiro e o batá
cubano e os clássicos ritmos bomba porto-riquenho e o candombe uruguaio à
mistura, não é seu avô no jazz latino. Todas as 10 faixas são viçosas e novas, incluindo
diversas coescritas por Nasser e os companheiros de banda, Bianca Gismonti
(piano) e Chico Pinheiro (guitarra). O humor está em constante movimento,
passando da gloriosa festividade (“Quando Eu Canto”) e a salpicado pelo sol
(“Talisman”) à romanticamente esperançosa (“Encontro”) e as meditativas (“E
Quando Quero”, “Passos”, “Abrigo”). Apesar da inteira sessão em 45 minutos seja
impressiva, as mais poderosas faixas são duas muito diferentes, embora
livremente ligadas a tributos: a ebuliente “Ilu-Ayê (Terra de Vida) ”, que
saúda a influências das tradições africanas na cultura brasileira e a
celebratória, cantada em inglês, “Mandela”, fluindo suavemente.
Faixas
2 Encontro 4:20
3 E Quando Quero 5:58
4 Talisman 4:29
5 Ilu-aye 3:54
6 Mandela 5:15
7 Abrigo 5:29
8 Um Olhar de Flor 3:58
9 Boca de Siri 3:44
10 Passos 4:01
Para conhecer um pouco deste trabalho assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Christopher Loudon (JazzTimes)
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