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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

THE BAD PLUS – IT´S HARD (OKeh)



Johnny Cash. Prince. Cyndi Lauper. Kraftwerk. Barry Manilow. Ornette Coleman. O que eles têm em comum? . Estes artistas escreveram e/ou popularizaram canções que estão incluídas em “It’s Hard”, o 11º álbum gravado em estúdio do The Bad Plus. Este programa todo acústico e com um programa de reinterpretações encontra o trio (o pianista Ethan Iverson, o baixista Reid Anderson e o baterista Dave King) tocando com energia perpetuamente intelectualizada, ainda que sejam músicos brincalhões. As reinterpretações do álbum representam um enigma. Se um artista faz muito pouco com uma canção, então os fãs perguntam: ‘Qual é o ponto “?. Contudo, se um artista distancia-se da versão original (ou da melhor conhecida), então os fãs formulam a mesma questão. Ninguém neste planeta estava clamando por uma nova versão de “Mandy” (a lastimosamente inferior popularizada por Manilow), ainda assim o The Bad Plus a torna em uma joia fascinante, graças a um arranjo que inclui um segmento no qual King produz uma tempestade. A indelével armadilha de Peter Gabriel em “Games Without Frontiers” é apresentado em forma reconhecível, ainda que reconhecida em uma moldura mais exploratória. The Bad Plus formado em Minneapolis, não surpreende ao interpreter uma canção de Prince como “The Beautiful Ones”, mas uma guinada irônica aqui é que o grupo gravou a faixa antes da morte do ícone do em 21 de Abril. A versão da banda para ”Don’t Dream It‘s Over” (uma obra-prima bem elaborada por Neil Finn do Crowded House) é reminiscente de algum trabalho que Cassandra Wilson tem feito com canções pop — explorando o núcleo emocional, acenando para uma melodia fixada na memória do ouvinte, e estendendo a peça com novos segmentos que percebem lógicos. As interpretações criativas do The Bad Plus de “The Robots” do Kraftwerk (com uma sedutora linha do baixo) e uma canção da lavra de Cash, “I Walk The Line“ (apresentando o esperto King e seu cativante trabalho com as vassourinhas), produzidas como peças de arte que se sustentam por seus próprios méritos, embora simultaneamente dá aos fãs uma nova apreciação das versões originais. 

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao video abaixo:

 
Fonte: BOBBY REED (DownBeat)

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