Johnny
Cash. Prince. Cyndi Lauper. Kraftwerk. Barry Manilow. Ornette Coleman. O que
eles têm em comum? . Estes artistas escreveram e/ou popularizaram canções que
estão incluídas em “It’s Hard”, o 11º álbum gravado em estúdio do The Bad Plus. Este programa todo
acústico e com um programa de reinterpretações encontra o trio (o pianista
Ethan Iverson, o baixista Reid Anderson e o baterista Dave King) tocando com
energia perpetuamente intelectualizada, ainda que sejam músicos brincalhões. As
reinterpretações do álbum representam um enigma. Se um artista faz muito pouco
com uma canção, então os fãs perguntam: ‘Qual é o ponto “?. Contudo, se um
artista distancia-se da versão original (ou da melhor conhecida), então os fãs
formulam a mesma questão. Ninguém neste planeta estava clamando por uma nova
versão de “Mandy” (a lastimosamente inferior popularizada por Manilow), ainda
assim o The Bad Plus a torna em uma
joia fascinante, graças a um arranjo que inclui um segmento no qual King produz
uma tempestade. A indelével armadilha de Peter Gabriel em “Games Without
Frontiers” é apresentado em forma reconhecível, ainda que reconhecida em uma
moldura mais exploratória. The Bad Plus
formado em Minneapolis, não surpreende ao interpreter uma canção de Prince como
“The Beautiful Ones”, mas uma guinada irônica aqui é que o grupo gravou a faixa
antes da morte do ícone do em 21 de Abril. A versão da banda para ”Don’t Dream
It‘s Over” (uma obra-prima bem elaborada por Neil Finn do Crowded House) é reminiscente de algum trabalho que Cassandra
Wilson tem feito com canções pop — explorando o núcleo emocional, acenando para
uma melodia fixada na memória do ouvinte, e estendendo a peça com novos segmentos
que percebem lógicos. As interpretações criativas do The Bad Plus de “The Robots” do Kraftwerk (com uma sedutora linha
do baixo) e uma canção da lavra de Cash, “I Walk The Line“ (apresentando o
esperto King e seu cativante trabalho com as vassourinhas), produzidas como
peças de arte que se sustentam por seus próprios méritos, embora
simultaneamente dá aos fãs uma nova apreciação das versões originais.
Para conhecer
um pouco deste trabalho, assistam ao video abaixo:
Fonte:
BOBBY REED (DownBeat)
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