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domingo, 29 de janeiro de 2017

ERIK FRIEDLANDER – OSCALYPSO (Skipstone Records)



Resultado de imagem para ERIK FRIEDLANDER – OSCALYPSOComo veterano, nos férteis anos 1990, da cena da zona central de Nova York, o cellista Erik Friedlander tem estado envolvido em uma miríade de empreendimentos criativos, incluindo o trabalho inovador como acompanhante de Dave Douglas e John Zorn, enquanto líder de seus próprios grupos, tais como Chimera e Topaz. Mais recentemente, Friedlander tem atuação solo e vem desenvolvendo projetos inspirados na música rural tradicional norte-americana, mas nunca tinha lançado um disco de reinterpretações – até agora.

“Oscalypso” apresenta criativas reapresentações de nove músicas mais amadas de Oscar Pettiford. Embora, Friedlander não tenha gravado composições de Pettiford antes, este trabalho pode ser ouvido como uma extensão de “Broken Arm Trio (Skipstone, 2008)”, um tributo de Friedlander aos experimentos  inovadores do renomado contrabaixista , primeiro envolvendo-se em 1949, enquanto se recuperava de uma fratura no braço. 

Friedlander está reunido na linha de frente ao saxofonista Michael Blake, cujo fraseado impulsivo e pequenas notas altas contrastam com a clássica forma do líder e a pura entonação, possibilitando justaposições multicoloridas. Regularmente atraente em hábil interação com Blake, Friedlander puxa, dedilha e usa o arco em plangente contenção com suporte lírico, embora o saxofonista ocasionalmente harmonize com dois instrumentos de sopro simultaneamente (à la Rahsaan Roland Kirk), reforçando o ambiente nostálgico pós-guerra. Providenciando um suporte suavizado, a antiga seção rítmica de Friedlander formada pelo baixista Trevor Dunn e pelo baterista Michael Sarin emprestam ao trabalho uma adequada despreocupação em uma qualidade estilo música de câmara.

O atraente programa encapsula um conjunto de estilos e humores apartados do repertório de Pettiford, abrangendo da corajosa "Cello Again" e da garbosa "Cable Car" à lânguida "Two Little Pearls". Aventurando-se dentro de um território exótico, com toque flamenco, "Tamalpais Love Song" , e a embasada no tango, "Sunrise Sunset", recorda o evocativo trabalho de Friedlander com Zorn, mais do que o costumeiro bebop de Pettiford.

Preenchendo com melodias deslumbrantes, harmonias magníficas e ritmos cativantes, arranjos sedutores de Friedlander providenciam uma rica fundação para o grupo testar seu ímpeto improvisador. Focando em clássicos reconfigurados, em vez de novas composições, “Oscalypso” é mais que apenas uma encantadora homenagem a um mestre renomado, é uma representação das habilidades de Friedlander como um imaginativo intérprete de repertório do jazz tradicional.

Faixas: Bohemia After Dark; Oscalypso; Cello Again; Two Little Pearls; Pendulum at Falcon's Lair; Tricotism; Tamalpais Love Song; Cable Car; Sunrise Sunset.

Músicos: Erik Friedlander: cello; Michael Blake: saxofone; Trevor Dunn: baixo; Michael Sarin: bateria.

Fonte: Troy Collins (AllAboutJazz)


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