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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

MARCOS VARELA – SAN YGNACIO (Origin Records)



Resultado de imagem para MARCOS VARELA – SAN IGNACIOHouston continua revelando estelares artistas de jazz. Um dos mais novos e brilhantes é o baixista Marcos Varela, que é talentoso o bastante para ter sido orientado por Ron Carter e empregado por Billy Hart e Clifton Anderson durante seus doze anos em Nova York, esperto o bastante para recrutar Hart, o trombonista Anderson e o pianista George Cables para tocar em “San Ygnacio”, e seguro o bastante para forjar sua própria identidade em uma notável estreia.

 Hart e Cables estão entre as raras espécies de músicos já realizados que têm significativamente alcançado o ápice dos seus jogos em anos recentes. Eles, coletivamente, acendem o rastilho da abertura e único standard do disco, “I Should Car”. Arranjado por Cables, ferve em fogo brando e suinga com tempero hard-bop, com Cables alternando acordes potentes com sucessões rápidas de notas simples, enquanto Hart despeja bombas para dramatizar as acentuações melódicas e Logan Richardson explode através do alto. Um par de composições de George Mraz providencia mais dois destaques: “Pepper” segue uma gloriosa abertura com uma salva da artilharia de Hart com uma tórrida linha uníssona entre Varela e o saxofonista tenor Dayna Stephens (sua única aparição); “Picturesque” encontra Varela preenchendo o papel de Mraz como uma peça da excelente interação entre Cables e Hart.

 Varela organiza seu trabalho de quarteto de perscrutadores para duas faixas, incluindo sua composição, “Colinas de Santa Maria”, nominada a partir de um rancho de San Ygnacio, Texas, onde sua família viveu por mais de dois séculos. Em contraste, a harmonicamente rica “Red on Planet Pluto” olha para frente, composta pelo quarteto do pianista Eden Ladin e apresentando o sinuoso trabalho do saxofonista Arnold Lee. A canção final, “Where the Wild Things Are”, flerta com o fusion e inclui, aproximadamente, três minutos de solo introdutório exibindo o toque do baixo de Varela. Agita em uma evocativa interpretação do tributo baladeiro de Hart para sua filha, “Lullaby for Imke”, e duas canções compostas por Anderson que apresentam seu trombone, e, no papel, San Ygnacio vem a ser uma mistura de estilo, músicos e intenções. Na prática, entretanto, é uma deliciosamente variada coleção que melhora e combina com repetidas audições e sérias considerações meritórias como uma das melhores estreias de 2016.

Faixas: I Should Care; Colinas De Santa Maria; Mitsuru; Lulaby For Imke; Sister Gemini; Pepper; Red On Planet Pluto; Looking For The Light; Picturesque; Where The Wild Things Are (Intro); Where The Wild Things Are.

Músicos: Marcos Verela: baixo; George Cables: piano; Billy Hart: bateria; Logan Richardson: saxofone alto (1, 4, 8, 10, 11); Clifton Anderson: trombone (3, 5); Dayna Stephens: saxofone tenor (6); Arnold Lee: saxofone alto (2, 7); Eden Ladin: piano (2, 7); Kush Abadey: bateria(2, 7).

Fonte: Britt Robson (JazzTimes)

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