Houston continua revelando estelares artistas de jazz. Um
dos mais novos e brilhantes é o baixista Marcos Varela, que é talentoso o
bastante para ter sido orientado por Ron Carter e empregado por Billy Hart e
Clifton Anderson durante seus doze anos em Nova York, esperto o bastante para
recrutar Hart, o trombonista Anderson e o pianista George Cables para tocar em
“San Ygnacio”, e seguro o bastante para forjar sua própria identidade em uma
notável estreia.
Hart e Cables estão
entre as raras espécies de músicos já realizados que têm significativamente
alcançado o ápice dos seus jogos em anos recentes. Eles, coletivamente, acendem
o rastilho da abertura e único standard
do disco, “I Should Car”. Arranjado por Cables, ferve em fogo brando e suinga
com tempero hard-bop, com Cables
alternando acordes potentes com sucessões rápidas de notas simples, enquanto Hart
despeja bombas para dramatizar as acentuações melódicas e Logan Richardson explode
através do alto. Um par de composições de George Mraz providencia mais dois
destaques: “Pepper” segue uma gloriosa abertura com uma salva da artilharia de Hart
com uma tórrida linha uníssona entre Varela e o saxofonista tenor Dayna
Stephens (sua única aparição); “Picturesque” encontra Varela preenchendo o papel
de Mraz como uma peça da excelente interação entre Cables e Hart.
Varela organiza seu
trabalho de quarteto de perscrutadores para duas faixas, incluindo sua composição,
“Colinas de Santa Maria”, nominada a partir de um rancho de San Ygnacio, Texas,
onde sua família viveu por mais de dois séculos. Em contraste, a harmonicamente
rica “Red on Planet Pluto” olha para frente, composta pelo quarteto do pianista
Eden Ladin e apresentando o sinuoso trabalho do saxofonista Arnold Lee. A
canção final, “Where the Wild Things Are”, flerta com o fusion e inclui, aproximadamente, três minutos de solo introdutório
exibindo o toque do baixo de Varela. Agita em uma evocativa interpretação do
tributo baladeiro de Hart para sua filha, “Lullaby for Imke”, e duas canções
compostas por Anderson que apresentam seu trombone, e, no papel, San Ygnacio vem
a ser uma mistura de estilo, músicos e intenções. Na prática, entretanto, é uma
deliciosamente variada coleção que melhora e combina com repetidas audições e sérias
considerações meritórias como uma das melhores estreias de 2016.
Faixas: I Should Care; Colinas De Santa Maria; Mitsuru;
Lulaby For Imke; Sister Gemini; Pepper; Red On Planet Pluto; Looking For The
Light; Picturesque; Where The Wild Things Are (Intro); Where The Wild Things
Are.
Músicos: Marcos Verela: baixo; George Cables: piano; Billy
Hart: bateria; Logan Richardson: saxofone alto (1, 4, 8, 10, 11); Clifton
Anderson: trombone (3, 5); Dayna Stephens: saxofone tenor (6); Arnold Lee: saxofone
alto (2, 7); Eden Ladin: piano (2, 7); Kush Abadey: bateria(2, 7).
Fonte: Britt Robson (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário