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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

ONE FOR ALL - THE THIRD DECADE (Smoke Sessions Records)



Vinte anos (o título do álbum, um pouco de designação incorreta, indica que eles estão entrando na terceira década), o sexteto “One for All” define—tanto quanto qualquer grupo hoje —o supergrupo contemporâneo: o saxofonista Eric Alexander, o trompetista Jim Rotondi, o trombonista Steve Davis, o pianista David Hazeltine, o baixista John Webber (a mais recente adição uniu-se ao grupo uma década atrás) e o baterista Joe Farnsworth são consumados profissionais a quem nunca falta trabalho. A maioria líderes de seus próprios grupos. Eles não tentam reinventar a roda, ou qualquer coisa assim, mas eles não necessitam fazê-lo. Inicialmente inspirado pelo Art Blakey’s Jazz Messengers, eles atuam em seu próprio modo, constante e incessantemente aprazível, se não particularmente inovador.

As 11 faixas em “The Third Decade”—notavelmente seu 16º lançamento em um período de 20 anos, não obstante o primeiro desde 2011—inclui composições de cada membro da banda, é uma segura reinterpretação de “It’s Easy to Remember” de Rodgers e Hart. Não há algo no grupo que não seja executado com maestria. A maioria das faixas são embebidas em suingue, embora acenando consideravelmente para a convenção hard-bop. A única balada, “Ghost Ride”, de Alexander, é  comovente e jovial.

“The Third Decade” oferece o que as gravações do One for All sempre tem: solos engenhosamente estruturados e camaradagem fluente. Quando eles atuam, como eles fazem mais impressivamente em “Frenzy” de Alexander e “Daylight” de Davis, o sexteto invariavelmente encontra a marca excelente onde as aptidões individuais não têm nenhum problema em efervescer a superfície, enquanto o grupo está focado em elaborar um manifesto pleno da banda. “For Curtis”, o tributo de Rotondi ao trombonista Curtis Fuller, naturalmente providencia uma vitrine para a habilidade de Davis no instrumento, mas vai além das saudações de benvindas aos solos dos outros instrumentistas de sopro e do pianista Hazeltine. Webber e Farnsworth contribuem com uma composição cada, “Babataytay” e “Hey, Stevie D”, respectivamente, a primeira das quais traz uma pitada funk e mais tarde um toque de blues. Eles não devem se reunir tão frequentemente quanto faziam antes, mas One for All ainda tem muito o que dizer.

Faixas: Easy; Buddy's; It's Easy to Remember; Daylight; Ghost Ride; For Curtis; Ruth; Babataya; K-Ray; Frenzy; Hey, Stevie-D.

Músicos: Jim Rotondi: trompete & flugelhorn; Eric Alexander: saxofone tenor; Steve Davis: trombone; David Hazeltine: piano; John Webber: baixo; Joe Farnsworth: bateria.

Fonte: Jeff Tamarkin (JazzTimes)

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