Vinte anos (o título do álbum, um pouco de designação
incorreta, indica que eles estão entrando na terceira década), o sexteto “One
for All” define—tanto quanto qualquer grupo hoje —o supergrupo contemporâneo: o
saxofonista Eric Alexander, o trompetista Jim Rotondi, o trombonista Steve
Davis, o pianista David Hazeltine, o baixista John Webber (a mais recente
adição uniu-se ao grupo uma década atrás) e o baterista Joe Farnsworth são
consumados profissionais a quem nunca falta trabalho. A maioria líderes de seus
próprios grupos. Eles não tentam reinventar a roda, ou qualquer coisa assim,
mas eles não necessitam fazê-lo. Inicialmente inspirado pelo Art Blakey’s Jazz Messengers, eles atuam
em seu próprio modo, constante e incessantemente aprazível, se não
particularmente inovador.
As 11 faixas em “The Third Decade”—notavelmente seu 16º
lançamento em um período de 20 anos, não obstante o primeiro desde 2011—inclui composições
de cada membro da banda, é uma segura reinterpretação de “It’s Easy to
Remember” de Rodgers e Hart. Não há algo no grupo que não seja executado com
maestria. A maioria das faixas são embebidas em suingue, embora acenando
consideravelmente para a convenção hard-bop.
A única balada, “Ghost Ride”, de Alexander, é comovente e jovial.
“The Third Decade” oferece o que as gravações do One for All sempre tem: solos
engenhosamente estruturados e camaradagem fluente. Quando eles atuam, como eles
fazem mais impressivamente em “Frenzy” de Alexander e “Daylight” de Davis, o
sexteto invariavelmente encontra a marca excelente onde as aptidões individuais
não têm nenhum problema em efervescer a superfície, enquanto o grupo está
focado em elaborar um manifesto pleno da banda. “For Curtis”, o tributo de Rotondi
ao trombonista Curtis Fuller, naturalmente providencia uma vitrine para a
habilidade de Davis no instrumento, mas vai além das saudações de benvindas aos
solos dos outros instrumentistas de sopro e do pianista Hazeltine. Webber e Farnsworth
contribuem com uma composição cada, “Babataytay” e “Hey, Stevie D”, respectivamente,
a primeira das quais traz uma pitada funk e mais tarde um toque de blues. Eles
não devem se reunir tão frequentemente quanto faziam antes, mas One for All ainda tem muito o que dizer.
Faixas: Easy; Buddy's; It's Easy to Remember; Daylight;
Ghost Ride; For Curtis; Ruth; Babataya; K-Ray; Frenzy; Hey, Stevie-D.
Músicos: Jim Rotondi: trompete & flugelhorn; Eric
Alexander: saxofone tenor; Steve Davis: trombone; David Hazeltine: piano; John
Webber: baixo; Joe Farnsworth: bateria.
Fonte: Jeff Tamarkin (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário