O veterano baixista, arranjador/compositor Chuck Israels tem
tido a felicidade de atuar e gravar com alguns dos melhores músicos de jazz do planeta,
incluindo legendas e ícones que vão de Billie Holiday, Benny Goodman, Coleman
Hawkins a John Coltrane e Stan Getz dentre muitos outros, embora ele esteja
melhor associado com o trio de Bill Evans de 1961 até 1966. Natural de Nova
York, mas crescido em Cleveland, Israels mudou-se para Portland, Oregon, onde
reside e fundou a The Chuck Israels Jazz
Orchestra , exibindo um dos mais finos instrumentistas e vocalistas do
Noroeste , atuando no bom e velho jazz tradicional. Influenciado pela versão
produzida do som do bebop de Horace
Silver durante seus anos de faculdade, Israels o homenageia através da
inspiração hábil de novos arranjos de onze composições de Silver ofertadas pelo
grupo em “Joyful Noise”, a segunda gravação deles, bem como de suingante
interpretação da música de Horace Silver.
Em vez de utilizar uma típica orquestra de dezessete ou mais
músicos, o baixista decidiu usar um grupo um pouco mais intimista com
instrumental mais limitado para uma simples formação com oito componentes, que,
às vezes, soa como orquestra quando o arranjo pede. Israels mantém uma seção
tímica padrão e circunda o grupo com dois metais e três instrumentos de
palheta, que, embora pareça pequeno para o modelo de grandes grupos, não
obstante é maior do que o quinteto usual que Silver costumava usar.
A música inicia com o standard
do jazz, de 1959, frequentemente gravado, do disco de Silver intitulado
"Sister Sadie", apresentando solos brilhantes do trompetista Charlie
Porter e do saxofonista tenor David Evans com o competente suporte do pianista Dan
Gaynor e do trombonista John Moak entre outros. A familiar "Moonrays"
de Silver é claramente uma das ostentatórias de solos esplêndidos de vários
membros da banda. De um dos álbuns clássicos do hard-bop de todos os tempos, “Horace Silver and The Jazz Messengers
(Blue Note, 1954)”, Israels e banda apresenta tratamentos mágicos de "Creepin'
In", "Room 608", bem como uma suave e nova leitura do primeiro
grande sucesso de Silver, "Doodlin'", apresentando o trabalhos das
mãos de de Gaynor nas teclas e ótimos solos rápidos do baterista Christopher
Brown e do saxofonista barítono Robert Crowell.
Após fantástica interpretação de "Cool Eyes", a
faixa de abertura de “6 Pieces of Silver (Blue Note, 1957)”, a banda
movimenta-se dentro de um território familiar, providenciando uma grande versão
para "Strollin'" de “Horace-Scopes
(Blue Note, 1960)”, que ocorre ser uma das mais gravados e reconhecíveis
composições ao lado de "Nica's Dream" do mesmo álbum. Nesta peça, Israels
apresenta alguns das suas apreciáveis habilidades no baixo, enquanto o
saxofonista alto e flautista John Nastos atua na flauta.
Os outros pratos servidos, também, estão bem, "Cookin'
at the Continental", "Home Cookin'" e a modesta e suavemente
colorida "Peace". “Joyful Noise” de Chuck Israels abrange uma porção
de suingue e gabolice em um dos mais finos tributos para uma legenda, cujo
legado é merecedor. Uma audição prazerosa e, se há algum barulho (noise) aqui, certamente não é a música.
Faixas: Sister Sadie; Moonrays; Creepin' In; Doodlin'; Cool
Eyes; Opus de Funk; Strollin'; Cookin' at the Continental; Peace; Home Cookin'
Room 608.
Músicos: Chuck Israel: baixo; Charlie Porter: trompete;
David Evans: saxofone tenor, clarinete; John Nastos: saxofone alto, flauta;
Robert Crowell: saxofone barítono; Christopher Brown: bateria; Dan Gaynor:
piano; John Moak: trombone.
Para conhecer um pouco este trabalho, assistam ao vídeo a
seguir:
Fonte: Edward Blanco (AllAboutJazz)
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