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domingo, 15 de janeiro de 2017

THE CHUCK ISRAELS JAZZ ORCHESTRA – JOYFUL NOISE



O veterano baixista, arranjador/compositor Chuck Israels tem tido a felicidade de atuar e gravar com alguns dos melhores músicos de jazz do planeta, incluindo legendas e ícones que vão de Billie Holiday, Benny Goodman, Coleman Hawkins a John Coltrane e Stan Getz dentre muitos outros, embora ele esteja melhor associado com o trio de Bill Evans de 1961 até 1966. Natural de Nova York, mas crescido em Cleveland, Israels mudou-se para Portland, Oregon, onde reside e fundou a The Chuck Israels Jazz Orchestra , exibindo um dos mais finos instrumentistas e vocalistas do Noroeste , atuando no bom e velho jazz tradicional. Influenciado pela versão produzida do som do bebop de Horace Silver durante seus anos de faculdade, Israels o homenageia através da inspiração hábil de novos arranjos de onze composições de Silver ofertadas pelo grupo em “Joyful Noise”, a segunda gravação deles, bem como de suingante interpretação da música de Horace Silver.

Em vez de utilizar uma típica orquestra de dezessete ou mais músicos, o baixista decidiu usar um grupo um pouco mais intimista com instrumental mais limitado para uma simples formação com oito componentes, que, às vezes, soa como orquestra quando o arranjo pede. Israels mantém uma seção tímica padrão e circunda o grupo com dois metais e três instrumentos de palheta, que, embora pareça pequeno para o modelo de grandes grupos, não obstante é maior do que o quinteto usual que Silver costumava usar.

A música inicia com o standard do jazz, de 1959, frequentemente gravado, do disco de Silver intitulado "Sister Sadie", apresentando solos brilhantes do trompetista Charlie Porter e do saxofonista tenor David Evans com o competente suporte do pianista Dan Gaynor e do trombonista John Moak entre outros. A familiar "Moonrays" de Silver é claramente uma das ostentatórias de solos esplêndidos de vários membros da banda. De um dos álbuns clássicos do hard-bop de todos os tempos, “Horace Silver and The Jazz Messengers (Blue Note, 1954)”, Israels e banda apresenta tratamentos mágicos de "Creepin' In", "Room 608", bem como uma suave e nova leitura do primeiro grande sucesso de Silver, "Doodlin'", apresentando o trabalhos das mãos de de Gaynor nas teclas e ótimos solos rápidos do baterista Christopher Brown e do saxofonista barítono Robert Crowell.

Após fantástica interpretação de "Cool Eyes", a faixa de abertura de “6 Pieces of Silver (Blue Note, 1957)”, a banda movimenta-se dentro de um território familiar, providenciando uma grande versão para "Strollin'"  de “Horace-Scopes (Blue Note, 1960)”, que ocorre ser uma das mais gravados e reconhecíveis composições ao lado de "Nica's Dream" do mesmo álbum. Nesta peça, Israels apresenta alguns das suas apreciáveis habilidades no baixo, enquanto o saxofonista alto e flautista John Nastos atua na flauta.

Os outros pratos servidos, também, estão bem, "Cookin' at the Continental", "Home Cookin'" e a modesta e suavemente colorida "Peace". “Joyful Noise” de Chuck Israels abrange uma porção de suingue e gabolice em um dos mais finos tributos para uma legenda, cujo legado é merecedor. Uma audição prazerosa e, se há algum barulho (noise) aqui, certamente não é a música.

Faixas: Sister Sadie; Moonrays; Creepin' In; Doodlin'; Cool Eyes; Opus de Funk; Strollin'; Cookin' at the Continental; Peace; Home Cookin' Room 608.

Músicos: Chuck Israel: baixo; Charlie Porter: trompete; David Evans: saxofone tenor, clarinete; John Nastos: saxofone alto, flauta; Robert Crowell: saxofone barítono; Christopher Brown: bateria; Dan Gaynor: piano; John Moak: trombone.

Para conhecer um pouco este trabalho, assistam ao vídeo a seguir:

 
Fonte: Edward Blanco (AllAboutJazz)

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