Por mais que haja disciplina, em qualquer tempo que uma
estrela ascende tão distante quanto rápido, há invariavelmente reação bastante
grande para seu assentamento. Gregory Porter, sua velocidade de erupção
rivalizou só com Cécile McLorin Salvant, é seguramente justa. Porém, julgando
por “Take Me to the Alley”, seu quarto álbum como líder, qualquer coisa mesmo
que sustentada glorificação é injustificada. Como cantor de jazz ele permanece
além do tipo. Você não pode arrancar uma linha direta de, digamos, Billy
Eckstine, Jon Hendricks ou Mark Murphy para Porter. Ele está bastante imerso no
soul e R&B, com a influência de Marvin Gaye e Al Green ressaltada pela
áspera majestade de “Rainy Night in Georgia”-era Brook Benton— tudo essencial
para seu objetivo e confortante estilo.
As doze faixas de Alley, todas, exceto uma, escritas ou
coescritas por Porter, inseridas próximo ao padrão com Water, Be Good e o
vencedor do Grammy, Liquid Sky: delicioso balanço de obscuridade e luz;
delicadas pinceladas misturadas com e bravios cortes e aquele singular senso de
intimidade, como conversações com um amigo de confiança. Há consistência entre
os companheiros de banda, também, incluindo o círculo próximo de leais
companheiros como o pianista e diretor musical Chip Crawford, o baixista Aaron
James, o baterista Emanuel Harrold e o altoísta Yosuke Sato. Embora o nome do
álbum sugira conflitos ou furtivos comportamentos clandestinos, a faixa título
é um spiritual estonteante. Sofrimento
romântico é um tema recorrente, observado de várias perspectivas torturantes
através de “Holding On”, “In Fashion” e “Insanity”. E não seria uma sessão de Porter
sem uma refletida postulação política, aqui com “Fan the Flames”, a aquecida
“French African Queen” e sua astuciosamente envolvente “Consequence of Love”.
Faixas: Holding On; Don't Lose Your Steam; Take Me To The
Alley; Day Dream; Consequence of Love; In Fashion; More Than A Woman; In
Heaven; Insanity; Don't Be A Fool; Fan The Flames; French African Queen.
Músicos: Gregory Porter: vocal; Alicia Olatuja: vocal; Chip
Crawford: piano; Aaron James: baixo; Emanuel Harrold: bateria; Keyon Harrold:
trompete; Yosuke Sato: saxofone alto; Tivon Pennicott: saxofone tenor; Ondrej
Pivec: órgão.
Fonte: Christopher Loudon (JazzTimes)
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