Jacob Fred Jazz Odyssey, uma banda que alterou sua formação
muitas vezes ao longo de seus 20 anos e 25 álbuns, passou para trio com o seu
26º
tecladista, Brian Haas, o guitarrista Chris Combs e o baterista Josh Raymer. Neste
ponto , estes rapazes estão fazendo música para eles mesmos. Boa coisa, porque
ninguém teria que ouvir esta conversa oca.
É uma vergonha, o que passou a ser o JFJO. Anos atrás, estes
rapazes eram inovadores, bem à frente da corrente do pop-rock-jazz, que acompanharia o Bad Plus, Garage A Trois e
outras boas bandas do gênero. Agora, aparentemente, eles fazem um barulho
inescutável, desinteressado em produzir qualquer coisa que, atualmente, deva
dar prazer a um companheiro humano. “Worker” soa como foi gravado, ou seja em
um depósito de uma fábrica de caminhão, um ocasional Fender Rhodes ou guitarra
elétrica quebrando o miasma do monótono zumbido e ronco. Os ritmos são
aborrecidos e laboriosos. Não há melodias. Canções?. Que canções? “New Bird” soa
como a trilha sonora de um filme em que nada acontece. “Appropriation Song” é
sem qualquer emoção. “Betamax” é a Gap
Band sem ritmo ou alma. E o que é pior, com som de maquinaria sem propósito,
sirenes induzindo dor de cabeça e explosões casuais de estática. “Hey Hey NSA” não
é nada menor que uma tortura auricular. Este repertório de arrotos industriais
não vale um centavo de qualquer moeda, muito menos quarenta e cinco minutos do
seu tempo. “Worker” tampouco é um exercício sem senso de uma arte conceitual ou
um logro para um público comprador.
Faixas: New Bird; Appropriation Song; Betamax; Hey Hey
N.S.A.; Say Nothing; Council Oak; Bounce; Let Yourself Out; Mesa; Better Living
Through Competitive Spirituality; The Finder's Keeper.
Músicos: Brian Haas: piano, Rhodes, Wurlitzer,
sintetizadores; Chris Combs: guitarra, steel
guitar, sintetizadores, programação; Josh Raymer: bateria, percussão;
Andrew Bones, Jeff Porter: percussão.
Fonte: Steve Greenlee (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário