Em meses recentes de 2016 foram observados ao menos meia
dúzia de álbuns, apresentando Matthew Shipp, incluindo The Uppercut (ESP-Disk) com o saxofonista, clarinetista e flautista
polonês Mat Walerian, Live in Sant'Anna
Arresi, 2004 (AUM Fidelity), um lançamento em duo com o falecido David S.
Ware, a gravação com o duo de Bobby Kapp , Cactus
(Northern-Spy Records) e The Core
Trio Live Featuring Matthew Shipp (Evil Rabbit Records). Os quatro representam
um amplamente diverso ajuntamento de músicas e agora “Piano Song” expande o
portfólio do artista.
O trio de Shipp inclui o baixista Michael Bisio, um regular colaborador
de Shipp desde “Art of the Improviser (Thirsty Ear, 2011) ”. Os dois demonstram
um trabalho sinérgico de relacionamento em meio à frequentemente assimétrica
abordagem de Shipp. O completo (e pouco reconhecido) baterista Newman Taylor
Baker unido ao trio de Shipp, com o lançamento de “The Conduct of Jazz (Thirsty
Ear, 2015)” ,tem provado ser um perfeitamente afinado sucessor do rítmico Whit
Dickey.
Com “Piano Song”, Shipp toca em elementos que teriam estado
em casa nos números dos seus projetos anteriores, o que não quer dizer que não haja
consistência no material apresentado aqui. O solo de piano "Links" inicia
o álbum com o tema reflexivo, tranquilamente assentando o palco para o hard-bop "Cosmopolitan", um
destaque inicial do álbum. A peça mais longa da coleção apresenta solos
excepcionais de todos os membros. Mais holisticamente exóticas são as
composições "Blue Desert" e "Void of Sea", embora "Microwave"
e "Gravity Point" tenham compassos rápidos e angulares com
proeminentes blocos de acordes escoando em efeitos dramáticos. A faixa título “Piano
Song” encerra o programa de forma ampliada. Um final contemplativo para um
programa variado.
Nas três décadas passadas, Shipp tem composto e tocado para
um propósito mais amplo, evitando a tirania da convenção, significando uma
anormal competência para manter o foco através de diversos estilos. Ele dá a
impressão de visualizar noções pré-concebidas de música criativa como
referência arbitrária, saltando pontos para um modo mais eclético de pensar. Com
“Piano Song”, Shipp permaneceu firme em
sua singular visão neste último disco gravado para o selo Thirsty Ear. Ele continuará como seu diretor artístico e nos dará,
indubitavelmente muito mais anos de música sem paralelo.
Faixas: Links; Cosmopolitan; Blue Desert; Silence Of; Flying
Carpet; Scrambled Brain; Microwave; Mind Space; Void of Sea; The Nature Of;
Gravity Point; Piano Song.
Músicos: Matthew Shipp: piano; Michael Bisio: baixo; Newman
Taylor Baker: bateria.
Fonte: Karl Ackermann (AllAboutJazz)
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