Quando eu
era um jovem editor, eu tive a oportunidade de encontrar a falecida Helen
Keane, uma gerente e produtora pioneira no jazz. Ela saiu do escritório da DownBeat no início dos anos 1990s e viu
que eu tinha um álbum exposto. Eu não lembro que álbum era, nada muito
importante ou muito bom. Ela perguntou porque estava lá, e eu disse “Porque
deve ser o ultimo álbum em vinil que eu tenho aqui”. Depois de tudo, naquele
tempo, o CD decolou. Sua resposta foi impagável: “Isto não ocorrerá”. Uma
semana depois ou um pouco mais, eu recebi uma cópia do vinil de Bill Evans, “Blue
In Green”, complete, com a capa apresentando um desenho de Evans feito por “Benedetto”
por outro lado conhecido como Tony Bennett. A nota interna dizia, “Se está
seguindo para ser seu último álbum, é para fazê-lo grandioso”. Ela e Evans tinham
um longo e frutífero relacionamento. Ela produziu as gravações dele, incluindo “Blue
In Green”. Assim, imagine o prazer de abrir o centro do folheto desta caixa de
40º aniversário e observar uma ampla foto de Bennett, Evans, Keane e do
engenheiro Don Cody. Isto era tudo o que era realmente necessário para esta
maravilhosa coleção de quatro álbuns. Keane produziu e Cody gravou. Evans e
Bennett criaram intimidade, franqueza e mágico arrebatamento do coração. Das
notas de abertura de “Young And Foolish” às contorções do fechamento da faixa
alternativa “Who Can I Turn To”, “The Complete Tony Bennett/Bill Evans
Recordings” serve como uma pequena fatia do céu na terra. Este material foi
lançado anteriormente, mas isto não obscurece a beleza desta embalagem, com 180
gramas de vinil e notas para o disco fantástica por parte de Will Friedwald. O
primeiro LP é “The Tony Bennett/Bill Evans” de 1975. O LP No. 2 é “Together
Again” de 1976. O terceiro e quarto álbuns oferecem faixas bônus e tomadas
alternativas, todas com suas próprias belezas e charmes. Esta música para você
tocar para amigos, pessoas que você ama, talvez ao final da noite ou cedo pela
manhã. Bennett e Evans possuem um profundo carinho e respeito, entre si, e pela
música que interpretam. A colaboração deles vem a ser uma tranquila conversa
entre amigos. Felizmente, nós podemos desfrutá-la.
Fonte:
FRANK ALKYER (DownBeat)
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