
E textura é o que não falta nesta gravação. Chamando estas
faixas de “reinterpretações”, de fato, é um erro. Os ganchos das canções são o
que ficou dos originais. Elas são um caminho, não o mapa da estrada. Krantz e seus
companheiros arrancam ritmos e melodias, incorporando as mais conhecidas quatro
ou cinco notas dentro das explorações próprias do jazz-funk-rock. Estas são jams,
não reinterpretações. A razão pela qual Krantz ataca cada canção é para
demonstrar que esta não é o problema.
A segunda versão de cada uma não é similar à primeira. O
próprio toque de Krantz é afetado pela escolha dos músicos. Ele é mais agressivo,
igualmente fragmentado, na segunda “Black Swan”. Krantz expõe, indiferentemente,
nas notas do disco: “ Fizemos algumas noites de reinterpretações tempos atrás
no 55 Bar. Não importava a música que
tocávamos, nós queríamos fazê-las nossas. Estas coisas são finas, mas poderia
ser qualquer coisa. Ficamos no estúdio por dias, trabalhando soltos. Não
obstante, tocando guitarra”. Bom, porque ainda vamos ouvir Krantz atuando na
guitarra.
Faixas: Black Swan; My Skin is My Skin; Comprachicos; U
Can’t Touch This; Black Swan; My Skin is My Skin; Comprachicos; U Can’t Touch
This.
Músicos: Wayne Krantz: guitarra; Nate Wood: baixo (1-4), bateria
(5-8); Keith Carlock: bateria (1-4); Tim Lefebvre: baixo (5-8); Gabriela
Anders: vocal.
Fonte: Steve Greenlee (JazzTimes)
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