
Em suas duas
gravações anteriores pela ECM, “Travel Guide (2013) ” e “Driftwood (2014)”,
Muthspiel revelou um talento natural para encantar. “Rising Grace” é , também, uma
simples aura sonora envolvente, mas com mais partes que comovem. O que é imediatamente
admirável sobre esta nova banda é sua abnegação e habilidade para criar
coletivamente. “Intensive Care”, a peça central do álbum, inicia com vagarosas notas
ao violão, escassamente incandescente, como o alvorecer. Muthspiel, sem pressa,
finalmente chega ao tema em duas notas como um murmúrio, irresistível convocação.
Será conduzida por 10 minutos.
Grenadier provoca, então, Akinmusire. Os
instrumentistas fluem ao encontro um do outro, em uma maré de emoção. Uma banda,
com poderosos solistas, fez um álbum sem solos. Em vez disto, momentos
individuais brilhantes continuamente emergem, mas nunca inteiramente se separam
da banda e das suas propostas mais amplas.
O tributo “Den
Wheeler, Den Kenny” inicia com um filete de melodia. O corpo do trabalho de Akinmusire,
até agora, estava contido no expressionismo do trompete, frequentemente
explosivo. Porém ele é um estudante sério da história do trompete no jazz, e
aqui ele sintoniza o gracioso impressionismo do falecido Kenny Wheeler em
longas chamadas de tranquila paixão. Ao longo de “Rising Grace”, Akinmusire toca
com um lirismo não mencionado previamente. O tributo a Wheeler também contém a
mais profunda atuação de Mehldau no álbum. Todas as coisas repentinamente param
e elegantemente se delineiam nas formas do piano, suspenso no tempo, são como
equivalentes a lágrimas musicais, especialmente quando elas são lançadas para
livre derramamento.
Faixas: Rising Grace; Intensive Care; Triad Song; Father And
Sun; Wolfgang's Waltz; Superonny; Boogaloo; Den Wheeler, Den Kenny; Ending
Music; Oak.
Para conhecer um pouco deste trabalho,assistam ao vídeo abaixo:
Fonte: Thomas Conrad (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário