
Ananda Gari é um jovem baterista italiano, compositor e
conceitualista. Ele faz sábias escolhas para os seus colaboradores. Os outros
membros do seu quarteto são o guitarrista Rez Abbasi e o baixista Michael
Formanek.
Berne soou mais comprometido ou mais versátil. “Trucks” inicia
como uma firme proclamação, mas, como a maioria das peças de Gari, rapidamente
torna-se acessível. A primeira passagem de Berne é um grupo de grasnidos de
imprecações sobre um zunido de uma nota única da guitarra, que Abbasi transporta
da cabeça. Então Berne inesperadamente emparelha dentro de uma retardada,
ansiosa, quase polida chamada. Abbasi lança um solo intrigante realizado a
partir de vivas e inquietas incursões em ondas. Quando Berne retorna ele resume
suas chamadas queixosas, mas eles, breve, se fragmentam.
As músicas de Gari são rigorosas, átomos voláteis de energia.
Abbasi e Berne assumem longos, envolventes, enlaçados e relativamente racionais
solos em “Never Late”. Porém, a versão de beleza de Berne sempre contém alguns
entalhes afiados. Abbasi, não Berne, é o único que eventualmente explode “Never
Late”. Com esta banda todas músicas explodem. Formanek e Gari definem a
atmosfera de “Fields”. Formanek com
seus amplamente espaçados portentos puxados e eventual solo com movimentos
rápidos, Gari com paciente e gradual intensificação de estrépito.
Em sua estreia como líder, Gari tem clamado por crédito como
um intuitivo baterista dentro da tradição de Paul Motian, e providenciou
contextos criativos que guiam e inspiram músicos responsáveis (mais maduros e
melhor conhecidos que eles mesmos) a fazer mais.
Faixas: Trucks; Never Late; Are You Kidding Me (Intro); Are
You Kidding Me; Fields; Last Drops; Don't Forget to Pet Your Cat.
Músicos: Ananda Gari: bateria; Tim Berne: saxofone; Rez
Abbasi: guitarra; Michael Formanek: baixo.
Fonte: Thomas Conrad (JazzTimes)
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