
O trabalho: cinco longas peças totalizando 70 minutos; a
mais longa tem a duração de 11min e 1/2. “Rhythm-a-Ning” de Thelonious Monk é
tomada em passo furioso com acordes robustos, um baixo em trote rápido, bateria
vigorosa e um serpenteante solo de Pepper, cuja energia escala em completos
seis minutos. Ele percorre escalas absurdas, estalando grasnidos aqui e lá. Uma
mulher na audiência grita diversas vezes, e é justificado. Foster constantemente
despeja bombas articuladas em “What Is This Thing Called Love? ” até, por
vários compassos, ele, porém, nada fazer. O solo selvagem de Pepper espalha-se
para longe da melodia, quase até o território da avant-garde. Pepper e a banda deixam um bocado de espaço na
melancolia deles em “Goodbye” de Benny Goodman. Vários minutos depois, a plácida entonação de
Pepper passa para violentos grasnidos, mas só por poucos compassos. “Make a
List, Make a Wish” de Pepper, com toque gospel, vem a ser o show de Leviev, com
alguns solos loucos, que soam como se fossem a quatro mãos. Quando ele finalmente
cozinha em fogo lento, Pepper entra com um solo sedoso. O boogie de Pepper, com toque gospel, “Red Car”, finaliza o trabalho
com exibição solo livre para todos.
Este é um jazz acústico dos anos 80 em seus primórdios. Se
não pela inferioridade da qualidade do áudio, “Live at Fat Tuesday’s” estaria
na linha direta das obras primas de Pepper no Village Vanguard.
Faixas: Rhythm-a-ning; What is This Thing Called Love;
Goodbye; Make a List, Make a Wish; Red Car.
Músicos: Art Pepper: saxofone alto; Milcho Leviev: piano;
George Mraz: baixo; Al Foster: bateria
Para conhecer este trabalho, assistam ao vídeo abaixo:
Fonte: Steve Greenlee (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário