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sábado, 18 de março de 2017

PETER EVANS QUINTET – DESTINATION : VOID



Deve ser duro acreditar que “Destination: Void vem do mesmo trompetista que, poucos meses atrás, efetuou uma precisa imitação de Miles Davis em “Blue, Mostly Other People Do the Killing”, uma recriação nota por nota de “Kind of Blue”. O que foi caloroso e romântico, é frio e brusco agora. Seria uma mensagem para aspirantes a trompetistas: Abram a mente, pois podem tocar nos dois modelos.

As quatro peças em “Destination: Void” enfatiza as inclinações de Evans como um compositor experimental, mesmo quando o quinteto inclui jazzistas como Jim Black (baterista e percussão) e Ron Stabinsky (piano e piano preparado. As primeiras duas faixas foram escritas como tributo, e prova ser o mais desafiante trabalho no álbum. “12” homenageia Evan Parker, usando uma das frases favoritas do saxofonista como fundação. Evans toca nada menos que cinco notas por célula para a maioria das faixas, enquanto seus companheiros atuam acima dele. Uma audição exigente não é nada comparada a “For Gary Rydstrom and Ben Burtt” uma peça solo para a eletrônica de Sam Pluta. Dedicada a dois planejadores de som para filmes, consiste em duas notas para amostras de trompete, batidas percussivas e esguichos sintetizados fazendo acrobacias sobre outros. O visual ajudaria aqui.

Após este furioso ataque sonoro, as peças remanescentes apresentam tranquilidade, embora elas não sejam
“Blue in Green”. Evans escreveu “Make It So” para sugerir órbitas de corpos celestiais; os momentos calmos carregam tanta relevância quanto a música, criando uma fascinante paisagem sonora. “Tresillo” apresenta-se como improvisação livre, embora as dinâmicas lentamente os revele, crescendo e caindo repetidamente sobre a duração de 27 minutos.

      Faixas

1. 12 (For Evan Parker) 11:12                    
2. For Gary Rydstrom and Ben Burtt 11:01                          
3. Make It So 19:20        
4. Tresillo 27:10
               
Fonte: Mike Shanley (JazzTimes)

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