O prodigioso pianista Harold López-Nussa completou um
circuito. Com numerosas gravações aclamadas, e reconhecido como um maduro
instrumentista em palcos internacionais, ele retorna ao lar e gravações em “El
Viaje” em Havana, Cuba, oferecendo discernimento musical ao mundo através do
seu piano. Continuando com seu estabelecido formato em trio, que inclui seu
irmão Ruy Adrián López-Nussa na bateria e o baixista senegalês Alune Wade, ele
improvisa sobre vasta influência clássica, enquanto adere às suas raízes
cubanas, estabelecendo um estilo maravilhoso de jazz global.
“El Viaje (The Journey)”, como o nome sugere, inicia com "Me
Voy Pa' Cuba" uma canção que avança em muitas excursões, voltando ao lar
em sua mente e coração. Este é uma cançoneta pianística que toma diversas
formas como o tempo, que acelera em frenético passo, ainda que as frases
musicais repetidas permaneçam constantes. O toque da bateria vem a ser
dominante em "Africa", como deveria ser, liderado pelo canto do percussionista
Dreiser Durruthy, aumentando as conotações e consciência espiritual.
"Feria" é uma espécie de descarga afrocubana, que encontra Monk,
resultando em um energético balanço africano.
Um toque parisiense tinge a abertura do bolero "Lobo's
Cha", liderando um sensual cha-cha-cha, um estudo discreto de composição e
disciplina, como os tranquilos espaço que definem a peça. O correto decano dos
pianistas cubanos, Chucho Valdés, é homenageado em "Bacalao Con Pan",
um ardente número impulsionado, onde López-Nussa demonstra que tem uma técnica
virtuosa emparelhado com habilidade improvisacional para atuar em tão exigente composição.
O fraseado do trompete de Mayquel Gonzalez é apresentado na faixa título, que
contém ecos de exóticos portais de chamada, intensificado pelas entonações
fascinantes do vocal de Alune Wade. "Mozambique En Mi B" traz de
volta a África, embora o distinto toque cubano estabeleça o curso para a
expedição empolada. A influência europeia permeia "D' Una Fábula", moderada
para permitir um expressivo solo de baixo de Wade, então transformada em
moderna fusion. Em uma exibição de
seu multifacetado estilo cobrindo os gêneros clássico, popular e jazz,"Inspiración
En Connecticut" é uma explosiva exclamação contemporânea de fuga de
parâmetros estabelecidos, complementada com liberação de canto tenso. A canção
mais intrigante é "Oriente", colorida por melancólico trompete,
invoca nostalgia e aspiração, prestidigitando imagens de um solitário viajante
mergulhando na noite, ou em destino desconhecido.
López-Nussa não começou a tocar jazz até os dezoito anos, até
então ele era um contínuo vencedor do circuito de competição clássica, e tinha
aguçado suas habilidades em extremidades afiadas. Jazz para ele é o estado do
perpétuo risco, gerado pela intensa realidade da improvisação. Ele tem dominado
a arte do jazz no piano, como muitos antes dele, mantendo seu estilo próprio,
acrescido por um inato senso rítmico que os pianistas cubanos possuem, deste
modo ele não toca ou soa como qualquer um. Este lançamento é seu convite para
visitar Cuba, e desfrutar a diversidade musical e a hospitalidade cultural que
a ilha oferece com um pianista de classe mundial como anfitrião e guia.
Faixas: Me Voy Pa’ Cuba; Africa; Feria; Lobo’s Cha; Bacalao
Con Pan; El Viaje; Mozambique En Mi B; D’ Una Fábula; Inspiración En
Connecticut; Oriente; Improv.
Músicos: Harold López-Nussa: piano, teclado, coro (9); Alune
Wade: baixo, vocal, coro (9); Ruy Adrian Lopez-Nussa: bateria, percussão, triola, coro (9); Mauquel Gonzalez:
trompete, flugelhorn; Dreiser Durruthy: tambores batá, vocal (21); Adel
Gonzalez: percussão (6); Ruy Francisco Lopez-Nussa: bateria (7).
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: James Nadal (AllAboutJazz)
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