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sábado, 27 de maio de 2017

BEN GOLDBERG – ORPHIC MACHINE (Bag Production Records)



Com sua melodia pueril, cintilando o vibrafone e letra repetida, a seção de abertura de “Reading”, que inicia “Orphic Machine”, o álbum do clarinetista-compositor Ben Goldberg, que utiliza um noneto, assenta-se na poesia de Allen Grossman, é irritantemente precioso. Isto não é o fim. Logo Goldberg, o trompetista Ron Miles, o saxofonista tenor Rob Sudduth e a violinista-vocalista Carla Kihlstedt refratam a canção dentro de uma abstração, que é refratada outra vez pela pianista Myra Melford, pelo baixista Greg Cohen e pelo baterista Ches Smith. Intercâmbio de melodia e abstração é a pedra de toque de “Orphic Machine”, algo que o faz completamente atrativo.

Ainda é um teste secundário. O espírito é superior, e a banda com largo acompanhamento improvisado serve a este espírito. Esta estratégia inclui os vocais de Kihlstedt, mesmo quando eles seguram o grupo. Em “Immortality”, a música gradua a canção triste à celebração, enquanto as letras passam familiarmente do sucesso para a morte. Kihlstedt sublinha o contraste repetindo a “morte” seis vezes com os sopros expandindo festividades. Em “Care” ela recicla a linha título (“Eu encontro a mim mesma no ato de cuidar”) junto com Miles, que dobra sua frase melódica. Em outra parte, Goldberg e Miles meditam em uma valsa lenta em “The Inferential Poem”; a guitarra de Nels Cline e o pizzicato do violino de Kihlstedt giram como um mecanismo de um relógio na instrumental “The Present” e Melford e o vibrafonista Kenny Wollesen evocam mistério simplesmente repetindo as escalas próximo do fim do ponto alto do álbum, “Line of Less Than Ten”. Improvisações frequentemente parecem com reflexão tardia e o coletivo injeta energia em “Bongoloid Lens”, outro instrumenta,l e Cohen apresenta diversas exibições efetivas.

Tudo dito, a primeira experiência de Goldberg em música em larga escala vocal é uma impressiva façanha. Se “Orphic Machine” nunca atinge a altura do seu predecessor, lançado em 2013, “Unfold Ordinary Mind”, é, entretanto, um passo significativo em sua rota artística.

Faixas: Reading; Line of Less Than Ten; Bongoloid Lens; Immortality; The Inferential Poem; How to Do Things with Tears; Care; The Present; What Was That; The Orphic Machine.

Músicos: Carla Kihlstedt: voz, violino; Ron Miles: trompete; Ben Goldberg: clarinete; Rob Sudduth: sax tenor; Nels Cline: guitarra; Myra Melford: piano; Kenny Wollesen: vibrafone, Greg Cohen: contrabaixo; Ches Smith: bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

 
Fonte: Michael J. West (JazzTimes)

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