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segunda-feira, 15 de maio de 2017

BRIAN LYNCH – MADERA LATINO - A LATIN JAZZ PERSPECTIVE ON THE MUSIC OF WOODY SHAW (Hollistic MusicWorks)



O subtítulo de “Madera Latino” é uma perspectiva latina na música de Woody Shaw. Ele foi um inovador cujo uso de quatro intervalos e escalas pentatônicas criou uma nova linguagem para o trompete. Shaw, também deixou, atrás de si, um corpo de fortes composições. A maioria são sintonizados em fortes ataques, convidando para a força.

A primeira coisa que você observa no álbum tributo de Brian Lynch é a naturalidade com que cria um ambiente sonoro em rítmica latina. Shaw frequentemente usou elementos afro-cubanos em sua música, mas os arranjos de Lynch fazem a infusão completa. A segunda coisa que você observa da abertura em “Zoltan”, que a música de Shaw tem novo poder. A energia gerada por quatro percussionistas (Obed Calvaire/Little Johnny Rivero/Pedrito Martinez/Anthony Carrillo) vem em sacudidelas como adrenalina. A maioria das faixas têm dois percussionistas e provoca animação. A terceira coisa que você nota é que Lynch decidiu fazer uma farra de trompetistas. Não menos que nove neste álbum, dois ou quatro para cada música. Eles são o próprio Lynch, Dave Douglas, Michael Rodriguez, Sean Jones, Diego Urcola, Josh Evans, Etienne Charles, Philip Dizack e Bryan Davis.

“On the New Ark” é para a cidade natal de Shaw, Newark, N.J., Charles segue primeiro. Ele faz fumaça. Ele pulveriza a canção com balas do trompete. Então Douglas cobre o entorno. Então Lynch transporta para as alturas. Os bravios intercâmbios antes do fim satisfarão fanáticos e viciados no trompete. “Song of Songs” é música “carruagem”. Os solos de Lynch, Evans e Rodriguez são todos diferentes, mas todos fazem você ver as “carruagens” rolando majestosamente no Coliseu.

A qualidade do trabalho de trompete destes nove instrumentistas, nas formações de solo a pós solo, é fenomenal. O álbum nunca parece uma sessão retalhada. Todos pegam as ideias dos outros e as elaboram por seu turno. Porém, “elaborar” é um termo bastante desapaixonado. Todos eles contam tudo. Ninguém soa como Woody Shaw, embora alguns incorporem intervalos mais amplos que o usual em seus solos, em homenagem à ocasião. E na paixão contínua deste projeto, eles puxam todo ardor do legado de Shaw. Neste sentido, eles são mantenedores da sua chama.

Faixas: Zoltan; Sweet Love of Mine; Time Is Right; Just a Ballad for Woody; In a Capricornian Way; Blues for Woody and Khalid; Tomorrow's Destiny; Joshua C.; On the New Ark; Song of Songs; Madeira Latino Suite.

Músicos: Brian Lynch, Sean Jones, Dave Douglas, Diego Urcola, Etienne Charles, Mike Rodriguez, Josh Evans, Philip Dizack, Bryan Davis: trompete; Zaccai Curtis: piano; Luques Curtis: contrabaixo; Obed Calvaire: bateria; Pedrito Martinez, Little Johnny Rivero, Anthony Carrillo: percussão.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

 
Fonte: Thomas Conrad (JazzTimes)

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