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terça-feira, 16 de maio de 2017

SHELLEY NEILL – THE CURRENCY IS HEAT



É imaginar o que o título do último disco da vocalista Shelley Neill, seu sexto, busca significar. O mais próximo do ardor que cresce desta coletânea de reinterpretações de música pop imersas no jazz está em “At Last”, que empalidece em comparação à versão empolada de Neill inclusa em “Envisioning Blue” de 2003. Igualmente enigmática é a flexível “Soul ’69”, que aparece dentro da capa do CD. Talvez, se refira a 1969, o ano que Neill mudou-se para Boston e começou a encontrar sua alma musical.

Melhor, ele parece, tomar uma citação do best seller japonês de autoria de Haruki Murakami, toda impressa dentro da embalagem, como o ímpeto temático do álbum. “Música tem o poder de reavivar memórias, às vezes tão intensamente que elas ferem”, escreve Murakami. Esta, realmente, é uma viagem musical na raia da memória, estendendo-se do início dos anos 1960 ao final dos 80. As leituras, indo de um par de tochas ardentes de Patsy Cline - “I Fall to Pieces” e “Crazy” -  a “Half Moon” de Janis Joplin e “Old Love” de Eric Clapton são inquestionavelmente intensas. E há uma quantidade satisfatória de mágoa seguindo.

Ao lado de seus companheiros de quarteto regular Laszlo Gardony (piano), Ron Mahdi (baixo) e Yoron Israel (bateria), Neill é fascinantemente camaleônica em suas interpretações. Passando do triturante ao blueseiro e ao audaz, ela habilmente captura o núcleo emocional de cada canção, manobrando para emprestar compostura para cada superficial  acontecimento como em  “La La La Means I Love You”  dos Delfonics e  “Up on the Roof” dos Drifters.

     Faixas

1. Old Love 8:19
2. I Fall to Pieces 4:34
3. La La La Means I Love You 5:50
4. Up On the Roof 4:26
5. Hit the Road Jack 4:16
6. Crazy 5:07
7. Half Moon 2:53
8. At Last 4:17

Fonte: Christopher Loudon (JazzTimes)

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