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terça-feira, 6 de junho de 2017

Dr. LONNIE SMITH – EVOLUTION (Blue Note Records)



Dr. Lonnie Smith, um dos padrinhos do jazz para órgão, retorna ao selo que cimentou seu status como rei do B-3 nos anos 1960. Agora, 45 anos depois de sua sessão anterior para a  Blue Note, Smith lançou não só o que deverá ser seu maior álbum, mas uma das mais finas contribuições para o filão do jazz-órgão.

“Evolution” é uma obra-prima consistindo de sete faixas com estilos decididamente diferentes. Este álbum que exibe os muitos lados do jazz baseado no jazz. “Play It Back”, em 14 minutos besuntados no funk dos anos 70, pode ser lida como uma amplificada homenagem a Jimmy Smith. As primeiras teclas são tocadas não por Smith, mas pelo pianista que amalgama vários estilos, Robert Glasper, informando-nos imediatamente que este não é seu grande padrinho para o jazz-órgão, embora a frase musical repetida esteja em sintonia com “Root Down”. Se os ritmos de “Evolution” parecem particularmente contagiantes, isto ocorre por causa da utilização de dois bateristas, Johnathan Blake e Joe Dyson, apresentando-se em quatro das sete faixas. Isto é, em certo grau, o que faz o retrabalho de “Afrodesia” de Smith, apresentando o saxofonista Joe Lovano, cuja estreia ocorreu no álbum de Smith, em 1975, no estrondoso álbum de mesmo nome.

As texturas constantemente movimentam-se. Lovano aparece outra vez em “For Heaven’s Sake”, que apesar da inclinação para o smooth-jazz é a porção mais romântica do órgão-jazz, que você já ouviu em anos. O tradicional trio de órgão, com guitarra e bateria, maneja “Straight, No Chaser” de Thelonious Monk e, aqui, Smith oferece um longo e suculento solo que não impulsiona nenhum vigor e não serve nenhuma prestidigitação. “Talk About This” é mais moderna, com batidas suingantes, metais festivos e de J.B.- tipo cantos. Um tratamento não convencional de “My Favorite Things”- com uma super-longa, super-tranquila introdução,tomada em tempo suave (11 minutos), desenvolvendo-se, e Smith encerra com uma versão em 10 minutos de sua African Suite , que enfatiza ritmos africanos e soberbo toque de flauta de John Ellis. Apenas quando você pensa ter ouvido todas as coisas que o órgão-jazz tem a oferecer, Dr. Lonnie Smith evolui.

Faixas: Play It Back' Afrodesia; For Heaven's Sake; Straight No Chaser; Talk About This; My Favorite Things; African Suite.

Músicos: Dr. Lonnie Smith: Hammond B-3 órgão, teclados (6, 7); Robert Glasper: piano (1); Joe Lovano: G mezzo saxofone soprano (2), saxofone tenor (3); Johnathan Blake: bateria; Joe Dyson: bateria (1-3, 5, 7); Jonathan Kreisberg: guitarra; Keyon Harrold: trompete (1); Maurice Brown: trompete (2, 3, 5); John Ellis: saxofone tenor (1, 2, 5), clarinete baixo: (3), flauta (7);

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

 
Fonte: Steve Greenlee (JazzTimes)

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